Um mambo para vampiros, tigres e atores pornôs autoflagelados

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Dizem que a onda de mambo que assolou os EUA na década de 50 foi por culpa do Cubano Dámaso Pérez Prado. O barulho foi tanto que ele recebeu o título de Mambo King.

Muito antes dele sabe-se que o espanhol Xavier Cugat agitava aquilo lá em tempos de latinidade febril, propulsionada pelo fenômeno Carmen Miranda. Todos tiveram a máquina de Hollywood a seu favor para ficarem conhecidos em todo planeta.

De qualquer forma, Pérez Prado conquistou muitos hits lembrados até hoje. Pra citar alguns, Patricia, Cherry Pink and Apple Blossom White, Mambo Jambo e Mambo Nº 5, que voltaria ao topo das paradas ao ser regravado por Lou Bega em 1999, 10 anos após a morte do maestro.

Sua marca registrada era dar uns gritinhos de “Hugh!” (ou coisa que o valha) durante a execução das músicas. Como qualquer astro pop absorveu muito da cultura popular e é referência para muitos outros artistas.

Nas trilhas sonoras aparece em filmes díspares não apenas norte-americanos. Inesquecível Patrícia embalando o strip-tease de La Dolce Vita (1960 de Federico Fellini).

Essa pode ser a mais utilizada nas trilhas até agora, mas há algumas curiosidades como Concierto Para Bongó. Não deixe de ouvir no player abaixo ou clicando aqui.

Com 10 minutos de duração, seu ritmo é quase hipnótico. E deve ser por isso que ela foi utilizada no britânico O Circo do Vampiro / A Cigana e O Vampiro (Vampire Circus, 1972 de Robert Young) e no espanhol Kika (1993 de Pedro Almodóvar).

No primeiro embala (junto a outra desconhecida) a sexy sequência do domador e da mulher pintada de tigre, um dos momentos eróticos mais bizarros já filmados. No segundo é fundo musical para a procissão dos autoflagelados mostrada Victoria Abril (Ou Andrea Caracortada).

Veja também:
O mais terrível espetáculo da Terra
O Circo do Vampiro: Alimentando os animais

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6Comentários

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  1. Bom, fui ouvir algumas coisas dele no tubo e achei o seguinte vídeo:

    http://www.youtube.com/watch?v=-sC9Xema91k&feature=autoplay&list=PL6A22F290AC3CB292&playnext=1

    Foi quando levei "aquele" susto e vi que esta cena parece - e muito - com aquela famosa cena da Heleninha "Vale Tudo", bêbada, na boate, dando perda-total.
    Legal, rs!

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  2. Daniel, aquela cena da Heleninha é igualzinha a uma de Written on the Wind de Douglas Sirk.

    Tenho cá pra mim que a Heleninha é toda a personagem da Dorothy Malone neste filme.

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  3. Sabem como era feito aquele grito em todos os mambos fantásticos de Perez Prado (no player o 1º rola aos 30 segundos)?

    Era preciso 2 caras da orquestra (por sinal os + bem pagos!). Um subia em 2 cadeiras, um pé sobre cada assento. O outro vinha por baixo e segurava firmemente os testículos do primeiro. Na hora agá, dava um puxão. UHN!

    Juro que era assim.

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  4. Refer, ah vá! E eu lendo o comentário jurando que era coisa séria.

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  5. Vou fazer a mesma reclamação do prezadíssimo Daniel Tavernaro, feita há algum tempo: Aqui, ninguém me leva a sério. :(

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  6. Refer, também pudera! Que história absurda.

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