Não tem quase texto (ouve-se ao fundo), como toda vizinhança a vemos em planos abertos ao fundo e mesmo assim entrou para a posteridade aí nesse filme! Ousada, dança em roupas íntimas (desenhadas por Edith Head, claro!) com portas e janelas escancaradas, dando mole para certo vizinho voyer.
Miss Dorso ainda recebe em sua casa três ou quatro rapazes ao mesmo tempo para festinha regada a Chá-chá-chá. Por mais bem acabadas que sejam cada uma das historinhas que James Stewart bisbilhota (ao final sabemos até o motivo dela ser tão dada), não está entre os personagens relevantes para Hitchcock.
Não por ele ter lhe dado a liberdade de inventar as coreografias, muitas das suas atrizes contradizem que fosse rigoroso nesse sentido. Mas porque estava entre os papéis que deixou a cargo do diretor assistente Herbert Coleman escolher os interpretes.
Geralmente fazia questão de selecionar todos de seu elenco como já lembramos aqui antes (clique para ler), quando a nossa Eva Wilma ficou cara a cara com ele para um possível papel em Topázio (Topaz, 1961). Pediu apenas que não pegasse uma bailarina profissional nem que a levasse ao departamento de dança do estúdio.
A própria Darcy conta no documentário que acompanha o DVD do filme que ficou em pânico por não saber o que fazer em cena. Improvisou uns movimentos (abrir as pernas enquanto faz café...) e Hitchcock achou fantástico!
Antes de comentar, por favor, tenha consciência de que este espaço é disponibilizado para a sua livre opinião sobre o post que você deve ter lido antes.
Opiniões de terceiros não representam necessariamente a do proprietário do blog. Reserva-se o direito de excluir comentários ofensivos, preconceituosos, caluniosos ou publicitários.