Acabei de ler que faleceu Tarcísio Meira aos 85 anos de idade. O ícone do teatro, cinema e principalmente TV foi uma das vítimas da Covid-19.
Acho que como todo mundo que nasceu no Brasil pós anos 70, veio um turbilhão de personagens e momentos marcantes de sua brilhante trajetória. Quando me dei por gente, Tarcísio, ou Tracisão, já era uma lenda.
Um nome tão peculiar que a gente sabe a origem quando conhecemos outros Tracísios pela vida. O vi pela primeira vez em Guerra dos Sexos (1983, novela de Silvio de Abreu), mas só caiu a ficha em Roda de Fogo (1986 de Lauro Cesar Muniz).
Quer dizer, caiu a ficha numas. Compreenderia o tamanho de seu vulto apenas ao assistir o Compacto de Irmãos Coragem, novela de Janete Claire de 1971. João Coragem, nosso herói selvagem as voltas com coronéis, diamantes e a amada multifacetada.
Nesse momento ecoa o tema tão emocionante cantado por Jair Rodrigues. "E é preciso coragem / Que a vida é viagem / Destino do amor"...
Tarcísio e a não menos maravilhosa esposa Gloria Menezes seguiram uma vida rural semelhante a da trama de Janete Claire e tão distinta dos personagens que nos fizeram sonhar tantas vezes. Nos despedir agora de Tarcísio é um pouco nos despedir de um Brasil de outrora.
Obrigado por tudo! Guardaremos sempre as melhores lembranças de seus trabalhos primorosos.
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