Yul Brynner contra leitores machões

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Em março de 1957 a revista Manchete estampou o Yul Brynner em sua capa destacando que mesmo calvo fazia sucesso com as mulheres. Tudo bem?! Não pra todo mundo.

Na época ele já havia estrelado dois mega blockbusters que entraram para a história do cinema: O Rei E Eu (The King and I de Walter Lang) e Os Dez Mandamento (The Ten Commandments de Cecil B. DeMille) ambos de 1956. Havia também levado o Oscar pelo primeiro.

Mas isso tudo era pouco pra justificar sua presença ali naquela capa. Pelo menos para um leitor (com nome de trás pra frente) de Fortaleza, Ceará, que escreveu a revista dos Bloch perguntando quem ” era ele”.

"...Permita-me fazer-lhes uma crítica. Não gostamos da capa ilustrada com Yul Brynner. Afinal, quem é esse camarada? Artista de cinema, na certa. Sugerimos apresentar na capa somente pessoas ilustres, figuras intelectuais, personagens de valor político, nacional ou internacional"

Doeu?! Lembro quando a gente ficava ansioso pra ver quem seria capa da revista Set e amigos mais sensíveis (se é que você me entende) ficavam preocupados se seria algum astro.

De alguma forma mágica homens em capa de revista têm algum poder ameaçador. Também não podemos esquecer que a revista Manchete em questão desde o seu número 1 em 1953 normalizou belas garotas em suas capas.

Ei! Aqui na segunda década do século XXI este blog que completará 19 anos ininterruptos já recebeu alguns comentários semelhantes. Só me espanta a galera se limitar entre Eles & Elas. Vida que segue...

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