Sean Connery: a despedida de um símbolo

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Nunca mais outra vez Sean Connery. O mitológico ator faleceu hoje, 31, aos 90 anos de idade.

O ultimo blockbuster  foi A Liga Extraordinária (The League of Extraordinary Gentlemen de Stephen Norrington)  em 2003. Talvez por sua presença tão forte em títulos marcantes que sempre revemos, que parecem ter sido bem rápidos esses 18 anos sem ele na tela.

Depois fez apenas alguns trabalhos emprestando a voz. Um deles foi para o game James Bond 007: From Russia with Love em 2005, sua legítima despedida do personagem que o imortalizou.

O pobre rapaz muito bonitão nasceu na Escócia, trabalhou como modelo e logo estaria nos palcos, TV e teatro interpretando geralmente homens rudes de sexy appeal elevado.  Com talento conseguia escapar dos meros enfeites de cena.

Quando foi chamado para ser James Bond em 1962 já tinha quase 10 anos de carreira como ator. Mas seria sua personificação do personagem, a primeira oficial no cinema,  que o transformaria em astro internacional e carimbo para trabalhar em Hollywood.

Estaria como James Bond sete vezes! E embora tenha sido o primeiro, escapou de ser extremamente associado ao agente tendo uma sólida carreira que durou décadas em clássicos como Marnie, Confissões de Uma Ladra (Marnie, 1964 de Alfred Hitchcock).

Connery gerou ainda, a partir do êxito como 007, uma leva de galãs parecidos ou similares a ele que abundaram o cinema popular até os anos 70. No período, livre de Bond, ele pulou de cabeça na bizarra ficção científica Zardoz (1974 de John Boorman) e no drama O Homem que Queria ser Rei (The Man Who Would Be King, 1975 de John Huston) entre outros.

Ele chegou aos anos 80 como ícone, mas o melhor ainda estava por vir! A adaptação do best-seller O Nome da Rosa de Umberto Eco por Jean-Jacques Annaud em 1986 trazia Connery com uma interpretação madura e ainda assumindo a calvície (orgulhosamente já no pôster), disfarçada com peruca desde os idos de modelo.

No ano seguinte conquistaria seu Oscar pelo desempenho em Os Intocáveis (The Untouchables 1987, de Brian de Palma). Fecharia a década muito celebrado em Indiana Jones e a Última Cruzada (Indiana Jones and the Last Crusade, 1989 de Steven Spielberg), filme que teoricamente encerraria a trilogia.

 Anos 90 seu nome esteve à frente de filmes como Caçada Ao Outubro Vermelho (The Hunt for Red October, 1990 de John McTiernan) e A Rocha (The Rock, 1996  de Michael Bay). Passou a reclamar cada vez mais das mentes por trás do cinema popular, que já haviam mudado bastante e seu desejo em se aposentar.

Logo antes do derradeiro Liga Extraordinária esteve no sensível Encontrando Forrester (Finding Forrester, 2000 de Gus Van Sant). Sabiamente soube se despedir antes de se tornar uma figura deslocada do seu tempo.

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