A leitura favorita de Stella Dallas

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Stella Dallas é uma moça simplória que consegue casar com um refinado herdeiro. Eles têm uma filha, mas o casamento não vai longe.

Ela pede a ele para ser refinada, justiça precisa ser feita, mas o moço diz que é pra ela ser quem ela é. A filha cresce e aquela mãe se vê embaraçada em acompanhar o status da filha ao lado do pai e da madrasta muito chique.

Essa história folhetinesca foi adaptada ao cinema pela primeira vez em 1925 com produção de Samuel Goldwyn Mayer e direção de King Vidor e depois refeita em 1937 pelos mesmos. A protagonista foi interpretada por Belle Bennett e depois Barbara Stanwyck, numa interpretação que lhe rendeu a primeira indicação ao Oscar.

O roteiro de ambos é bem semelhante com sutis mudanças. Por exemplo, a Stella de Stanwyck reclama do ex-marido ficar enviando livros pra garota como presentes de aniversário, enquanto que a silenciosa se recusa a ler Bernard Shaw e Uspenski por soarem como doenças gástricas.
Bom mesmo é se esbaldar em revistas de mexericos e histórias picantes! Stella anos 30 fica na cama lendo a The True Confessions, lendária revista com relatos da vida alheia e as vezes com estrelas de Hollywood.
A edição que aparece no filme é de Junho de 1937. Por coincidência traz como chamadas de capa (arte de Zoë Mozert) o divorcio e o casamento com o filho de um homem rico.
A cópia do filme dos anos 20 disponível no Youtube está bem ruim, deu trabalho pra identificar o que era. É a edição da Breezy Stories, de agosto de 1925, uma popular revista de histórias pulp.
Existe uma terceira versão da história filmada em 1990 com a Bette Midler, cujo título no Brasil é Stella - Uma Prova de Amor (John Erman). Bem fiel aos outros filmes (embora Stella não chegue a se casar neste), mas não dá pra identificar revista alguma.
A Time é que não é.

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