Astros valiam muito dinheiro sendo eles já que pagava-se
ingresso para vê-los na tela, muito mais do que qualquer outro motivo. Interpretavam
personagens contanto que não deixassem de ser aquele personagem especifico e a
Era de Ouro de Hollywood sempre foi hábil em preservar seu star system como um
tesouro.
Alfred Hitchcock dizia invejar Disney porque se estivesse
insatisfeito com algum ator bastava passar a borracha. Ator é diferente de
astro e na vida real isso é muito claro.
Em entrevista à emissora CBS o cineasta e historiador Peter
Bogdanovich relembrou um fato que presenciou ao lado de sua então namorada Cybill
Shepherd, ou seja, na década de 70. Os três estavam indo a um evento quando
Grant, já na portaria, percebeu que havia se esquecido do convite.
Explicou isso ao profissional responsável por deixar entrar
ou barrar e gentilmente pediu perguntou se poderia passar. Quando viu que a
pessoa ia procurar na lista se adiantou a dizer “Sou Cary Grant!”.
E ouviu: “Você não se parece com Cary Grant”. Bogdanovich
lembra que imediatamente, como quem estava calejado a ouvir aquilo, Cary Grant
respondeu: “Pois é, ninguém acha".
Veja também:
Desconstruindo Cary Grant: bêbado e despenteado
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