Atriz com algumas fases distintas, com desenvoltura em drama e comédia,
voz que não precisava ser dublada em musicais, aquele “it” que você nasce ou
não e um incrível senso de oportunidade a fazem ser para sempre imitada e nunca superada. Transformada em ícone absoluto
do glamour hollywoodiano, o passar do tempo a transformou em lenda imortal.
Aqui em 2018 relembramos também de seus primeiros créditos
em um filme, exatos 70 anos atrás. Pelo que se sabe hoje, foi em Mentira Salvadora (Ladies of the Chorus, 1948 de Phil Karlson).
Quando o filme foi relançado pela Columbia Pictures em 1952
ela já era bastante conhecida, tendo inclusive aparecido no sucesso Oscarizado
A Malvada (All About Eve, 1950 de Joseph L. Mankiewicz) ao lado de Bette Davis.
O Estúdio, que não é bobo nem nada, reorganizou o material publicitário e os
créditos de abertura.
Logo após a mocinha da Columbia Pictures aprecem as
corista com Marilyn no centro da fila inferior. Segue o título do filme com seu
nome gigante, em primeiro lugar ali no topo. Uau!
Adele Jergens, a estrela, foi parar na segunda tela,
encabeçando o elenco de apoio. “There's No Business Like Show Business”, já
dizia o titulo daquele outro filme...
Ironia máxima,
ficaria conhecida em todo planeta cerca de cinco anos depois pela 20th Century
Fox, porém, teria novamente seu nome sozinho antes do título do filme apenas em
Nunca Fui Santa (Bus Stop, 1956 de Joshua Logan).
Mesmo após ter virado a mina de ouro da Fox, mesmo após ser
usada como mero chamariz em produções nem sempre muito bacanas. Até quando o filme era sobre a preferência
masculina por loiras e ela era a única loira no elenco (indagação famosa de
Marilyn).
E claro, depois de Nunca Fui Santa aconteceu em O Príncipe
Encantado/O Príncipe e a Corista (The Prince and the Showgirl, 1957 de Laurence
Olivier), produzido por ela. Logo da distribuidora Warner, Marilyn Monroe na
segunda tela e Laurence Olivier na terceira e aí o título do filme.
Mas até chegar aí, até chegar a pelo menos receber crédito
no elenco de apoio foi uma boa caminha, que agora parece ter sido meteórica,
mas não foi fácil, com muitos nomes parando pelo caminho. Observe como a
posição do nome dela em quatro filmes foi subindo, literalmente degrau a degrau!
Loucos de Amor (Love Happy, 1949 de David Miller)
O Faísca
(The Fireball, 1950 de Tay Garnett)
Sempre Jovem (As Young as You Feel, 1950 de Harmon Jones)
O Segredo das Viúvas (Love Nest, 1951 de Joseph M. Newman)
Lista de elenco de apoio vinha após o título do filme. Chegar antes
do título, mesmo que acompanhada por mais gente foi outra história, um enorme
passo numa carreira e ficar sozinha ali como em Nunca Fui Santa aconteceu com pouquíssimas pessoas!!!
Antes de Mentira Salvadora, sabe-se que apareceu em outros três
filmes e um ainda não confirmado. O primeiro foi no drama anti delinquentes
juvenis Idade Perigosa (Dangerous Years, 1947) onde conquistou logo de cara um
papel com uma ou duas frases e um nome e profissão: A garçonete Eve.
Foi também em 1948 que ela estreou em fabuloso Technicolor através
de seu primeiro contratinho com a Fox (seria logo dispensada por eles). Foi em
Torrentes de Ódio (Scudda Hoo! Scudda Hay!, 1948 de F. Hugh Herbert) e ela
aparece por cerca de um segundo na saída da igreja, cumprimentando a protagonista.
Não se engane, em primeiro plano é a protagonista June Haver,
com um visual platinado semelhante ao que Marilyn usaria posteriormente
(Natalie Wood é a menininha de chapéu). Marilyn é a garota ruiva de vestido
azul e blusa branca que passa ao fundo sorrindo.
Sabemos pelo menos que o nome é Betty porque a personagem de
June Haver a cumprimenta. Se papel seria maior, mas tudo ficou no chão da sala
de montagem, sobrando apenas esse segundinho, do qual, evidente, não recebeu
crédito.
De qualquer forma, sempre que algum desses filmes (e são 33
títulos) foi lançado em Super 8, VHS, DVD, Bluray, streaming ou será em qualquer
outro tipo de mídia ou método de distribuição a ser inventada, seu nome
aparecerá em primeiro e com destaque. Não importando o tamanho de sua
participação no filme ou a relevância do mesmo, além, claro, de ter contado com
Marilyn Monroe no elenco.
Apenas a título de curiosidade, nos livros de Percy Jackson e os Olimpianos, o autor Rick Riordan homenageia Marilyn Monroe citando que ela era uma semideusa filha de Afrodite, por isso ela era tão magnética e carismática e tinha a vida amorosa tão atormentada e cheia de dramas.
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