Les Baxter diabolicamente versátil e jovem

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Dizer que Lex Baxter compôs de trilhas sonoras de um jeito que não existe mais parece força de expressão, mas não é. Suas músicas embalaram filmes de  diversos gêneros, em estilos musicais igualmente díspares.

Ouça no player abaixo o que ele fez para o famigerado Hells Belles (1969 de Maury Dexter). Se colocando naquela época, dá pra dizer que é coisa de um senhor de 47 anos, o mesmo que ficou célebre acompanhando o romântico Mel Tomé?

O filme é uma produção da American International Picturen (AIP) do Roger Corman, com quem teve uma excelente pareceria na década de 60. Claro, muito se deve à sua versatilidade, ideal tanto para uma história de gangue juvenil quanto para um horror gótico passado nos porões de um castelo britânico medieval.

E o trabalho dele em si era refinadíssimo como em, por exemplo, The Poor People of Paris, música com que disputou as paradas de sucesso em 1956. Alcançou a sexta posição anual da Bilboard logo atrás de Doris Day com o Hitchcockiano “Que Será Será” que por sua vez, ficou atrás de Elvis Prestley com Hound Dog na terceira posição.

Você confere toda a lista clicando aqui. Bom para ver como Baxter era popular e famoso em um estilo absolutamente diferente, muito além de trilhas de filmes de terror e ação.

Não quero citar nomes (certeza que a contas deles estão pagas), mas tem gente que ia muito bem, compôs uma maravilha do medo aquático, musicou voo do homem, esteve numa galáxia distante e dali por diante tudo parece a mesma coisa. Até hoje, em 2018! #Indiretas

Mas não é só ele não. O que menos falta são compositores que são apáticos, genéricos ou que são contratados pra serem eles mesmos infinitamente ao ponto de serem identificáveis não por algum malabarismo de seu estilo, mas pela repetição.


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