Em É Proibido Beijar clássico da Vera Cruz/Divulgação VC |
O G1 contabilizou 54 peças, 19 filmes e 15 novelas. No
cinema foi importante nome na Companhia Cinematográfica Vera Cruz, onde
conheceu o segundo marido, o ator e diretor italiano Adolfo Celi, do casamento anterior teve o filho Cecil Thiré.
Dirigida por Ruy Guerra no filme A Bela Palomera de 1988 |
No cinema em seu último trabalho como atriz /Globo Filmes |
Seu último trabalho foi no cinema, em 2007, no filme Chega
de Saudade de Laís Bodanzky. Ao lado do ator Leonardo Villar, Chega de Saudade foi
uma justa despedida num trabalho sensível sem pieguismo.
Embora tenha marcado seu nome no teatro a partir do Teatro
Brasileiro de Comédia (TBC) ao lado de Paulo Autran, foi a TV que lhe trouxe a
popularidade, como para tantos astros brasileiros. Seu visual na novela
Pigmaleão 70 (1970, escrita por Vicente Sesso) popularizou o corte de cabelo
Pigmaleão.
Dando nome a corte de cabela na novela Pigmaleão70/ foto Novelas Clássicas |
Outro papel que marcou época na TV foi em Água Viva (1980,
escrita por Gilberto Braga). Na trama das 20 horas ela foi a grã fina pra frentex
Stella Simpson que chocou ao defender o topless e hábitos como tratar jovens
rapazes como objeto.
Em Sassaricando (1987, escrita por Silvio de Abreu) teve seu
último grande trabalho em uma telenovela. Rebecca reunia três amigas cansadas
de se darem mal na vida para arrumar maridos endinheirados.
Tentando agarrar um milionário com Irene Ravache e Eva Wilma na novela Sassaricando |
Acaba por se envolver com Aparício Varella (o antigo
parceiro dos palcos Paulo Autran), um amor do passado que julga agora ser um
faxineiro das tecelagens Abdala, desconhecendo que na verdade ele é o
presidente da indústria. O núcleo claramente calcado no clássico Como Agarrar
Um Milionário (How to Marry a Millionaire, 1953 de Jean Negulesco), sendo seu
papel referente ao de Lauren Bacall.
Enquanto isso, aparecia todos os domingos no bloco de
propaganda do programa Os Trapalhões. Eloísa Mafalda contava sobre as
maravilhas da salada com o molho Sakura, Kadu Moliterno as malhas Sulfabril e Tônia
Carrero do Leite de Aveia Davene. Ou melhor, ~ Daveeeene ~.
Lá em casa não perdíamos um Os Trapalhões e costumeiramente
lembrávamos que ela tinha a idade da minha avó, uma senhorinha grisalha, adepta
a usar sempre umas batas floridas por casa, arrastando chinelinhos. Tônia Carrero
não parecia ser desse mundo.
Veja também:
Grã fina com hábitos de pedreiro
Quando Bacall estava na bancarrota
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Quando Bacall estava na bancarrota
Acho que o último grande trabalho dela em telenovelas foi em "Kananga do Japão" (Rede Manchete, 1989), interpretando a ricaça Letícia Vianna, que caía de amores pelo galã muito mais jovem (Raul Gazzola). Considero "Kananga" muito superior a "Sassaricando" em todos os aspectos artísticos.
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