Usando como base a história verídica sobre o serial killer Ed
Gein (o mesmo que já havia inspirado Psicose de Alfred Hitchcock em 1960), o
filme foi banido em muitos países o que o ajudou a se tornar uma lenda. No
Brasil só seria assistido mais de uma década depois de seu lançamento, direto
em VHS.
Junto a Halloween (1978 de John Carpenter), “O Massacre” abriu
as portas para a onda splatter que invadiria os cinemas nos anos seguintes.
Hooper voltaria à chacina motorizada de Leatherface numa sequencia bem mais
leve de 1986.
Antes disso ele abraçou o cinemão Hollywoodiano ao assinar
Poltergeist – O Fenômeno em 1982, escrito e produzido por Steven Spielberg. Sempre
se soube que a mão do produtor pesou muito mais do que a do diretor, ainda assim, um enorme sucesso popular.
Outros título bem lembrado de Tobe Hooper é Pague Para
Entrar, Reze Para Sair (Funhouse de 1981) com muitas reprises na TV da década
de 80. Produzido pela Universal Pictures, sempre cuidadosa com seu legado de
monstros, permitiu mascarar o monstro com o rosto clássico da criatura de
Frankenstein conforme a obra de James Whale de 1931.
Foi uma das últimas aparições oficiais no cinema do célebre visual
criado por Jack P. Pierce e imortalizada na pele de Boris Karloff. Muito
explorada por décadas em derivações e sátiras, estava de volta ao horror!
Na cola da febre mercadológica que a passagem do Halley
causou, nos deu aliens adormecidos no cometa sna ficção científica Força Sinistra
(1985). Reprises dessa mistura meio Alien, O 8º Passageiro, meio Invasores de
Corpos era muito aguardado inclusive pela nudez dos corpos dos alienígenas.
Ele seguiu trabalhando principalmente em produções
televisivas até Djin, seu último filme, em 2013. Em janeiro deste ano (2017) Hooper
virou notícia em sites de fofoca como o infame TMZ por expor seu rosto,
supostamente agredido pela namorada 38 anos mais jovem.
Nunca mais foi tão feliz quanto em O Massacre da Serra
Elétrica, é inegável e essa percepção não é de hoje. Em 1981, ao ser entrevistado sobre os filmes que gostaria de ter na sua coleção de VHS, John Waters citou O Massacre da Serra Elétrica, “O mais
assustador filme já feito e o maior sucesso nas festas de aniversário do filho
de um amigo.”.
“Se o diretor Tobe Hooper pudesse ver todos os pequenos de
nove anos de idade vestidos com bonitas roupinhas e chapéus de aniversário
correndo pela sala gritando de terror como aparece no filme ele voltaria a
fazer o que de melhor fez – horror puro. (...) Nada poderia ser mais top do que Serra
Elétrica em suas mentes ou na minha.” , justificou Waters, o Papa do Trash. Horror
puro!
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