O rosto oficial da primeira metade da década de 90. Fenn estampou
a capa de todas as revistas que interessavam.
De beleza clássica, pronta a se tornar um daqueles mitos que
só Hollywood sabe criar. Mas... a moça parece que contratou um inimigo como
agente e o que se viu foi uma sucessão de fiascos e filmes e telefilmes constrangedores.
Selecionei sete capinhas de VHS (VHS porque, né?) no MercadoLivre pra ninguém dizer que tô mentindo. Apenas sete de uma lista gigantesca, selecionados levando em conta o que assisti, vi nas revistas e jornais como lançamentos, etc. Todos, sem exceção, se tornaram irrelevantes e/ou obscuros.
Distração Fatal (Fatal Instinct, 1993 de Carl Reiner) – Uma daquelas
comédias que filmes famosos. Claro que rir do que já é involuntariamente cômico
nunca deu lá muito certo.
Além de Sherilyn Fenn ainda temos a atriz Sean Young. Parabéns
a quem escolheu esse elenco zica, zica!
O Caso Kennedy – Uma Conspiração (Ruby , 1992 de John
Mackenzie) – Década de 90 entrou no embalo do antigo cinema noir dos anos
40/50, assim como na década passada já haviam apontado para o clássico cinema
de aventura e comédia maluca retrô. Feen
loira e parecida a Marilyn era o atrativo aqui.
Desejos Secretos no Motel Sunset (Desire and Hell at Sunset
Motel, 1991 de Alien Castle) – Outro pseudo noir 90’s com a atriz. Não disse
que ela tinha uma beleza clássica? Tem um filme que se passa nos anos 50/60?
Chama a Sherilyn Fenn!
Primeiro e único trabalho do diretor Alien Castle. Tá na
cara que isso é pseudônimo de alguém que ficou com vergonha de assinar este
filme, mas não é.
As Amantes (Three of Hearts, 1993 de Yurek Bogayevicz) – Estamos
falando do começo da década de 90, mesma época do colossal sucesso de Sharon
Stone em Instinto Selvagem (Basic Instinct, 1992 de Paul Verhoeven).
Não estranhe todos esses filmes serem sobre sexo, sexo e
mais sexo! No mesmo ano William Baldwin seria chamado a toque de caixa para
rodar com Stone a bomba Invasão de Privacidade (Sliver de Phillip Noyce).
Encaixotando Helena (Boxing Helena, 1993 de Jennifer Lynch) –
História bizarra e estreia na direção da filha de David Lynch elevou as expectativas.
O resultado nada mais era do que um roteiro tolo filmado em tons de soft porn.
Um Toque de Sedução (Two Moon Junction, 1988 de Zalman King)
- Sherilyn Fenn, veja só, loira, num noir moderno e... Sensualizando!
Esta tentativa de refazer de forma picante Férias de Amor
(Picnic, 1955 de Joshua Logan) pelo diretor de Orquídea Selvagem (Wild Orchid,
1989) não é de se esperar muito. Teria passado incólume pelo Brasil se não
fosse o sucesso da atriz em Twin Peaks anos depois.
Seduzida Pelo Horror (Meridian, 1990 de Charles Band) – Terror
classe Z dirigido pelo rei dos trashes. Mais um caso de que só vimos a luz nas
locadoras de VHS graças a seu nome no elenco.
Mezzo erótico, mezzo terror, hoje possuiu muito fãs que
disputam raras cópias uncut. Existe uma sequencia de sexo da atriz com a
criatura, coisa que Coppola incluiria em seu Drácula anos depois.
Mas nem tudo foram tropeços e mergulhos quando a moça finalmente
alçou a fama. Ela foi escalada para a minissérie Liz: The Elizabeth Taylor
Story em 1995.
Difícil existir outro nome para interpretar Elizabeth Taylor!
Recentemente tivemos Lindsay Lohan e até Helena Bonham Carter, mas olha,
garanto que Feen fez bem menos esforço para ficar parecida.
O trabalho repercutiu bastante, dano novo fôlego a seu nome. Aqui no Brasil, intitulada apenas como Liz, foi exibida em dois capítulos pela TV Globo.
Outro bom momento dela foi numa curta participação na série
Friends em 1997, tanto que depois participou de sitcom muito parecida (Rude Awakening ) que até durou três temporadas Ela interpreta aquela garota que o Joey acidentalmente joga
sua perna de madeira na lareira (referencia a Boxing Helena?).
Em 2017 parece que a sorte vai melhorar. Sherilyn Fenn
repetirá o personagem Audrey Horne no revival de Twin Peaks.
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