A intenção era levar o horror para dentro das salas de
cinema, pulando da tela, num tipo de 3D muito mais eficaz. Na prática, nada
mais era do que um esqueleto preso num fio, que a certa altura em sincronia com
o filme passeava sobre as cabeças da plateia.
Tão hilário quanto lendário, dizem que o Emergo, embora
divulgado até nos pôsteres do filmes como “nova maravilha tecnológica” foi
pouco utilizado pelos donos dos cinemas. E claro que alguém na atualidade
tentou reproduzir o efeito, conforme você assiste no vídeo abaixo.
CriticoOnline |
"O primeiro filme com a incrível nova maravilha EMERGO. A emoção voa direto para a platéia" |
Existem alguns outros vídeos no Youtube, mas creio que pelo ângulo
da câmera este é o melhor. Também há uma foto da década de 50 mesmo, com a
plateia se escangalhando de rir diante do Emergo.
No Brasil o filme foi exibido em São Paulo no Cine Marabá a
partir de novembro de 1959. Nenhum sinal do Emergo, mas ele ficou anos em cartaz
mesmo com a crítica lhe pondo entre os piores do momento.
Foi estrear na TV pela Globo apenas em agosto de 1967, com
toda pompa na extinta sessão Show de Cinema. Depois de muitas reprises A Casa
dos Maus Espíritos saiu e circulação.
Hoje, como está em domínio público é facilmente encontrável
em DVD por várias distribuidoras, inclusive em versão colorizada digitalmente.
Na parte onde deveria aparecer o esqueletinho não acontece nada, apenas o vazio
precedido pelo Vincent Price manipulando os fios (agora você já sabe o que
acontecia nesta hora!).
Para ler mais sobre Emergo, clique aqui. William Castle também criou os incríveis Illusion-O
(óculos especiais para identificar fantasmas), o cinema interativo onde a plateia
decidia o destino do vilão e Percepto, famoso por proporcionar arrepios no
público (através de cadeiras que davam choque!) entre muitas outras esquisitices.
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