Quem não é trekker, mas já viu alguma coisa da série icônica
Jornada nas Estrelas (Star Trek) na vida, gostou e ficou com vontade de assistir
mais, mas teve preguiça de baixar, caçar legenda ou comprar DVD, agora tem a chance
de assistir tudinho, tudinho. A Netflix disponibilizou as três temporadas
completinhas!
E com uma qualidade de imagem e áudio espetacular, inédita
no Brasil, já que a série ainda não saiu em Bluray no Brasil. Tão boa que
adiciona um elemento bizarro a mais já que parece algo recente futurista, mas
com atores com penteado e figurinos retrôs.
A Netflix tem pouco, ou quase nada, em seu acervo de
material de TV vintage. O que faz certa falta, porque nem sempre queremos
assistir uma história desenrolada em dezenas de capítulos como são as séries
atuais, mais próximas de minisséries.
Jornada nas Estrelas mostra o cotidiano da tripulação USS
Enterprise no ano 2245 explorando planetas longínquos e conflitos de convivência
dentro da nave. Conflitos, claro, originados muito mais por aliens infiltrados
no corpo, duplicação acidental de corpos e cyber coisas do tipo do que por mero
temperamento.
Tecnologicamente é aquele susto já cantado em verso e prova.
Mesmo com cinquenta anos exatos a série acertou muito do que temos hoje em dia,
como celular, e-book, Bluetooth, GPS entre outras coisas, muito distantes daquela
realidade de 1966, quando o programa foi produzido.
Mas o mais bacana, onde nenhuma série jamais tinha ido (e
muitas continuaram não indo até hoje), é o quanto ela estava antenada com a
realidade da população. Esse diálogo presente logo no piloto é no mínimo
incrível. Assista no player abaixo!
Bem, a produção é da Desilu, empresa da Lucille Ball. Seu I
Love Lucy, no ar mais de dez anos antes, jamais se atreveria a discutir
machismo, muito pelo contrário. Estranho mesmo é que quase em 2017 esse tema
ainda seja tão espinhoso...
Aliás, os episódios da Netflix começam a partir do zero, um
piloto por décadas tido como raro, onde Jeffrey Hunter (O Jesus de Rei dos Reis
dirigido por Nicholas Ray) é o Capitão da nave e o único do elenco conhecido que
sobreviveria é o Spock. Mas desde este inicio a tripulação é etnicamente mista.
Aí, aqui do futuro, a gente olha elenco de tantas séries
recentes e só agora isso começa a ser comum. Fácil enumerar pelo menos cinco
séries muito famosas que não tinham nenhum negro entre os atores principais.
Em compensação nos esforçamos para mostrar fora da trama
central detalhes da vida pessoal dos personagens para enrolar até completar uma
temporada. Star Trek não precisa parar nada para apresentar suposta
profundidade, isso é mostrado de forma natural, pouco explícita, no desenrolar
de cada episódio.
A Netflix deve disponibilizar até o ano que vem as séries da
franquia ST a partir desta clássica (além dela já tem a Deep Space Nine de 1993).
Em 2017 o serviço em parceria com a CBS estreará a nova Star Trek Discovery.Veja também:
Misterioso sumiço das perucas de Star Trek
Aplicativo reproduz comunicador da Enterprise
Antes de comentar, por favor, tenha consciência de que este espaço é disponibilizado para a sua livre opinião sobre o post que você deve ter lido antes.
Opiniões de terceiros não representam necessariamente a do proprietário do blog. Reserva-se o direito de excluir comentários ofensivos, preconceituosos, caluniosos ou publicitários.