Levava a garota a todos os testes possíveis, além de exigir
que ela a contragosto cantasse e dançasse sempre que cruzassem com algum
figurão. Até que apareceu a grande chance de irem até a Metro Goldwyn Mayer
(MGM), o maior estúdio da época na década de 40 e a pequena simplesmente ficou
deslumbrada.
Um dos logos da MGM entre 1934 e 1956 |
Décadas depois Liz Taylor ainda se lembrava daquele primeiro
contato com o estúdio que se orgulhava de ter “mais estralas do que o céu”, conforme
a sua biografia assinada por Donaldo Spoto. Os 117 hectares da MGM estavam “lotados de
gente – pessoas vestidas como gregos, como caubóis, como macacos, além de
estrelas de cinema de verdade”, recordava Liz.
Em sua Era de Ouro a MGM literalmente funcionava como uma
fábrica de sonhos como nenhum outro lugar do planeta. Eram 140 construções e 30
estúdios de som por onde circulavam quatro mil funcionários trabalhavam seis
dias por semana.
Quilos de maquiagem eram aplicados a 1.200 atores por hora e
supervisores de guarda-roupa vestiam cinco mil pessoas todos os dias. Três mil
metros de negativo eram gravados todos os meses, produzindo simultaneamente
mais de uma dúzia de filmes.
A menininha imediatamente sonhou trabalhar ali e, evidente,
seus pais também, imaginando sua filha na casa das mitológicas Joan Crawford,
Jean Harlow, Greta Garbo e tantas outras. Liz conseguiu se apresentar para o lendário
chefão Louis B. Mayer que pediu para ouvi-la cantar, feito disse “contrate-a!”
para logo em seguida sair de perto atarefado.
Estreando a contragosto na Universal em 1942 |
Na Universal Elizabeth Taylor fez uma ponta num filme
esquecível que ninguém deu muita bola. Mas nada como um dia após o outro e ela
conseguiu novo contato com a MGM onde passou no teste para coadjuvante em A Força do Coração (Lassie Come Home, 1943 de Fred M. Wilcox).
O papel era pequeno, com atenções disputadas com a cadela Lassie e o já famoso astro infantil Roddy McDowall. Mas a partir dali não parou mais, como todos sabemos.
A MGM transformou a garotinha de olhos cor de violeta numa grande estrela. Um dos maiores mitos já nascidos
em Hollywood.
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