Era de ouro da MGM sob o olhar de uma garotinha

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 Como muitas estrelas mirins, a pequena Elizabeth Taylor não via a menor graça na profissão. Sua mãe, Sara, uma aspirante a atriz frustrada, não se dava por feliz até conseguir que algum estúdio notasse a pequena Liz com cerca de oito anos de idade.

Levava a garota a todos os testes possíveis, além de exigir que ela a contragosto cantasse e dançasse sempre que cruzassem com algum figurão. Até que apareceu a grande chance de irem até a Metro Goldwyn Mayer (MGM), o maior estúdio da época na década de 40 e a pequena simplesmente ficou deslumbrada.
Um dos logos da MGM entre 1934 e 1956
Décadas depois Liz Taylor ainda se lembrava daquele primeiro contato com o estúdio que se orgulhava de ter “mais estralas do que o céu”, conforme a sua biografia assinada por Donaldo Spoto.  Os 117 hectares da MGM estavam “lotados de gente – pessoas vestidas como gregos, como caubóis, como macacos, além de estrelas de cinema de verdade”, recordava Liz.

Em sua Era de Ouro a MGM literalmente funcionava como uma fábrica de sonhos como nenhum outro lugar do planeta. Eram 140 construções e 30 estúdios de som por onde circulavam quatro mil funcionários trabalhavam seis dias por semana.

Quilos de maquiagem eram aplicados a 1.200 atores por hora e supervisores de guarda-roupa vestiam cinco mil pessoas todos os dias. Três mil metros de negativo eram gravados todos os meses, produzindo simultaneamente mais de uma dúzia de filmes.

A menininha imediatamente sonhou trabalhar ali e, evidente, seus pais também, imaginando sua filha na casa das mitológicas Joan Crawford, Jean Harlow, Greta Garbo e tantas outras. Liz conseguiu se apresentar para o lendário chefão Louis B. Mayer que pediu para ouvi-la cantar, feito disse “contrate-a!” para logo em seguida sair de perto atarefado.
Estreando a contragosto na Universal em 1942
Mas esse contrato nunca chegou! E a frustrada garota conquistou mesmo como primeiro contrato foi com a Universal, o mais pobre de todos os estúdios da época, o que lhe fez chorar ao ouvir a boa notícia.

Na Universal Elizabeth Taylor fez uma ponta num filme esquecível que ninguém deu muita bola. Mas nada como um dia após o outro e ela conseguiu novo contato com a MGM onde passou no teste para coadjuvante em A Força do Coração (Lassie Come Home, 1943 de Fred M. Wilcox).

O papel era pequeno, com atenções disputadas com a cadela Lassie e o já famoso astro infantil Roddy McDowall. Mas a partir dali não parou mais, como todos sabemos. 
A MGM transformou a garotinha de olhos cor de violeta numa grande estrela. Um dos maiores mitos já nascidos em Hollywood.

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