Janet Leigh quase nua e outras peculiaridades de Psicose em versão 16mm

Filmoteca Canaria

Sucesso estrondoso de Alfred Hitchcock em 1960, Psicose (Psycho) não ficaria de fora das edições caseiras em Super 8 e 16mm. O problema destes formatos, espécies de bisavôs do Blu-ray, era que pra caber nos 7 minutos do pequeno carretel tinham que resumir bem o filme.

Psicose ainda traz alguns detalhes diferentes a serem observados logo na cena do chuveiro. Assista “completo”, convertido a partir de uma cópia de 16mm, no player abaixo ou clicando aqui.

Em alguns takes incluíram uma barra na altura do peito de Janet Leigh, provavelmente pra não mostrar seus seios.

Mas comparando com um frame do filme em DVD (scopo retangular, que deve ser similar ao que foi assistido nos cinemas), o enquadramento é exatamente a partir da tarja colocada no 16mm.

Outra peculiaridade é que se em alguns takes usaram essa tarja, no da mão agarrada as cortinas deixam quase vazar um mamilo.

Novamente comparando ao que está no DVD, o vapor do chuveiro está muito mais denso, não aparece nada além do contorno dos seios.Ou melhor, aparece, mas muito menos.

Estas edições da Castle Films eram a partir de negativos diferentes das montagens exibidas no cinema. Tanto que a versão de Tubarão (Jaws, 1975 de Steven Spielberg) trazia a primeira sequencia diurna, conforme você já viu antes aqui no blog.

Fica claro nesta versão resumida de Psicose que seu frames, ao contrário do 4x3 para VHS, não subtraem nada da altura da película original para se ajustar ao formato quadrado, mas acrescentam. Ou seja, quando produziam as edições para consumo caseiro, em alguns casos eles ainda não tinham passado por ajustes (enquadramento, iluminação, tons, etc) de pós produção feitos nos laboratórios.

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