Silvana Mangano, a bruxa queimada viva

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 As Bruxas (Le streghe, 1967) é um filme que Dino De Laurentiis produziu para a esposa Silvana Mangano divar á vontade em cinco segmentos. Para isso ele chamou alguns dos mais importantes diretores italianos do momento: Mauro Bolognini, Vittorio De Sica, Pier Paolo Pasolini, Franco Rossi e Luchino Visconti.

O resultado é irregular, mas o ruim desse povo, você sabe, é ótimo! Visconti abre o filme com o sensacional A Bruxa Queimada Viva (La Strega bruciata viva).
Mangano aqui é Gloria, uma estrela de cinema que vai passar uns dias na montanha na companhia de alguns conhecidos magnatas. Belíssima e famosa é o centro das atenções entre paparicos e alfinetadas.

Durante o jantar Gloria pede para o pianista tocar a Música da Bruxa. Dança ao ritmo do jazz até ter um mal súbito e desmaiar na frente de todos.
Logo depois os cuidados dos presentes se transformam no mais cruel dos julgamentos femininos. Pouco a pouco as outras convidadas com certo sadismo aproveitam que ela está desacordada para começarem literalmente a desmontá-la, começando pelo chapéu, cílios, peruca, etc.

Assista um resumo desta cena no player abaixo ou clicando aqui e o segmento quase na íntegra, dublado em português, a partir deste link (obrigado, Esmejoano). Ainda há a ótima trilha sonora composta por Piero Piccioni no melhor do mood 60’s.

Quantas bruxas como Gloria são queimadas vivas com bem mais facilidade pela internet de hoje? Bem tola a estrela que ainda se acha intocável, num trono dourado, sendo apenas adorada por súditos.

Veja também:
Bruxas à solta
“Giovanna! Giovanna! Pense nas crianças!”

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