10 piores representações etnicas de Hollywood

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Não é novidade que a indústria cinematográfica norte americana nunca soube lidar com a pluralidade racial. O bacana dessa lista produzida pelo pessoal do Gold Derby é que ela engloba várias épocas, de 1937 a 2013!

 Mundo deu não sei quantas voltas, vários talentos foram perdidos por sua etnia, mas algumas coisinhas continuaram iguais! Claro que existem muitos outros exemplos além destes 10, faça sua lista!

A musa Luise Rainer tentou ser uma chinesa em Terra dos Deuses (The Good Earth, 1937 de Victor Fleming e outros). Ainda que com sotaque austríaco ela levou o Oscar pela interpretação, tornando-se a primeira atriz a ganhar o prêmio consecutivamente.

Em A Estirpe do Dragão (Dragon Seed, 1944 de Harold S. Bucquet e Jack Conway) foi a vez de Katharine Hepburn virar chinesa. Assim como o filme anterior ele é baseado em um livro de Pearl Buck.

E um abraço à maravilhosa Anna May Wong que tinha tudo para ser uma grande estrela de Hollywood a partir do cinema mudo e teve que ir à Europa em busca de papeis relevantes. Provavelmente era mais rentável maquiar uma americana...
Burt Lancaster em O Último Bravo (Apache, 1954 de Robert Aldrich) é apenas um dos astros a viverem nativos. De olhos claros, Lancaster produziu o filme numa tentativa de revisar o papel do índio no faroeste, agora sendo herói.
Já oscarizado, Marlon Brando podia tudo, até se passar por japonês em A Casa de Chá do Luar de Agosto (The Teahouse of the August Moon, 1956 de Daniel Mann). Décadas depois ele enviaria uma falsa índia receber um Oscar em seu lugar...
Sangue de Bárbaro (The Conqueror, 1956 de Dick Powell) é aquele filme fatídico que teria contaminado com radioatividade centenas de pessoas, incluindo os astros Susan Hayward e John Wayne (leia mais clicando aqui).  Wayne de mongol é o menor dos erros.
Um clássico da vergonha alheia! Mickey Rooney como o japonês ranzinza em Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany's, 1961 de Blake Edwards) é o erro dos erros em meio à elegância do filme.
Laurence Olivier, o grande intérprete de Shakespeare do século passado, apelou à blackface para interpretar o mouro Othello (1965 de Stuart Burge). Indicado a quatro Oscar, um filme que já nasceu velho.
Alec Guinness encerraria a parceria com o diretor David Lean em Passagem Para a Índia (A Passage to India, 1984). Guinness ficou insultado com a maioria de sua cenas não ter entrado no corte final do diretor, muito mais do que ter interpretado o indiano mais caucasiano do mundo.
2007! Dois mil e sete e produziram O Preço da Coragem (A Mighty Heart de Michael Winterbottom)!!! Não é possível que alguém achou que estava tudo bacana colocar a Angelina Jolie para interpretar uma pessoa de etnia diferente.
Com Tonto, Johnny Deep abraçou a tradição hollywoodiana de brancos interpretando índios em O Cavaleiro Solitário (The Lone Ranger, 2013 de Gore Verbinski). A adaptação recente dos personagens clássicos foi tão mal falada que esse probleminha passou batido.


Deep já havia sido um nativo americano em O Bravo (The Brave, 1997), sua estreia sonolenta como diretor. Se ele mesmo se escalou deve ter fé de que passa despercebido como índio...

Veja também:
Anna May Wong: Solitária estrela
O filme mais tóxico de todos os tempos

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2Comentários

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  1. Para um ator imagino que este tipo de papéis são um desafio irresistível.
    Não deve ser a cor da pele a impedir alguém de obter um papel. Seja ele contemporâneo ou étnico. Mas é bom apostar na maquilhagem, rsss :)

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  2. Alec Guinness talvez não seja o indiano mais caucasiano do mundo por causa de uma novelinha chamada "Caminho das índias". Juliana Paes e alguns poucos até convencem, mas o resto...

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