Uma pinup no banco dos réus

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O que seria uma virada na carreira da stripper Lili St. Cyr, assim como no conceito pinup, se transformou num espalhafatoso processo judicial. Ciro's, um super club de Hollywood contratou a beldade para fazer concorrência a uma casa noturna que estava abarrotada graças a um conjunto brasileiro.

Fachada do Ciro's Club
No começo de 1951 e nunca uma bailarina havia passado dos clubes masculinos mal afamados a um palco prestigiado por celebridades como Bette Davis e Humphrey Bogart. A casa já havia apresentado como atrações Edith Piaf, Marlene Dietrich, Duke Ellington.

Foram gastos milhares de dólares para a reforma do palco. O número de Lili St. Cyr se chamava “Um interlúdio antes de tudo” e culminava com um banho de banheira espumante enquanto a plateia bebericava e jantava.

Para tirar a roupa ela contava com sua empregada Sade e depois deslizava como veio ao mundo na banheira. Só que a nudez na verdade era falsa, um truque feito graças a um biquíni cor da pele e iluminação.
O sucesso do show foi instantâneo. Em outubro daquele ano um grupo de deputados de Los Angeles entraram com uma ação contra o descaramento. Lili St. Cyr e o proprietário do Club foram presos por desacato à moral e bons costumes.

Drama? Foi uma benção de promoção para Lili St. Cyr! Para ajudar ainda contratou um advogado celebridade que adorou o escarcéu na imprensa, com fotos da pinup fazendo caras e bocas no banco dos réus enquanto apresenta provas fotográficas de que estava vestida.
Era meio verdade. Biógrafos atuais não entram num consenso sobre sua nudez, realmente não existia no número da banheira do Ciro's, mas tirar a roupa completamente fazia parte de alguns dos seus números.

Para o bem geral, tanto Lili St. Cyr quanto o proprietário foram absolvidos das acusações.Na foto acima ela aparece ainda segurando a prova cabal de que não estava nua.

 Lili, um pouco mais famosa, continuou seu show burlesco, perseguindo os holofotes do estrelato em revistas masculinas e filmetes sensuais.Chegou a ser conhecida internacionalmente graças a essas publicações.

A primeira foto é um oferecimento W. Magazine, todas as outras e informações são do Pulp Magazine

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