Para se rever um filme era possível apenas no cinema ou em alguma exibição na TV. Fora isso só se contentando com Super 8 e outros formatos caseiros como 8 mm e 16mm .
Castle Films era uma distribuidores de filmes adaptados para esse uso doméstico. A empresa, uma das mais importantes da área, seria morta pelo avanço do muito mais prático VHS na década de 80.
Castle Films era uma distribuidores de filmes adaptados para esse uso doméstico. A empresa, uma das mais importantes da área, seria morta pelo avanço do muito mais prático VHS na década de 80.
Só que a questão não foi apenas a praticidade de se trocar o
carretel de película a ser projetada na parede por uma fita K7. Os Super 8 eram versões
dos filmes bastante compactados, trazendo apenas cerca de 10 minutos.
Se um longa metragem tem em média onze rolos de fita 35 mm, Super 8 tem apenas um, com uma tirinha de fita. Não dava pra existir mágica na transposição das mídias.
Se um longa metragem tem em média onze rolos de fita 35 mm, Super 8 tem apenas um, com uma tirinha de fita. Não dava pra existir mágica na transposição das mídias.
Era como se virassem um novo filme, às vezes recebiam outro título e tudo. “This
Island Earth”, ficção científica dirigida por Joseph M. Newman em 1955 foi
renomeado como “War of the Planets”, e existe uma página no IMDB exclusiva para
este corte diminuto (de 87 minutos para nove).
Tenho alguns Super 8 que foram do meu pai, que também colecionava
filmes e morreu no começo da década de 80. Inclusive “War of the Planets” ( veja na primeira foto), e eu a
vida toda acreditei se tratar de A Guerra dos Mundos (The War of the Worlds,
1953 de Byron Haskin).
Publicaram uma cópia digitalizada desse “War of the Planets”
distribuída pela Castle Fims entre 1958 e 1977. Assista no player abaixo ou clicando aqui.
Além de digitalizar a pessoa acrescentou o áudio correspondente,
retirado do longa metragem original. “This Island Earth”, que no Brasil costumam
chamar de Guerra Entre Planetas, provavelmente por causa desses compactos, ainda
é em berrante Technicolor.
A maioria dos Super 8 eram preto e branco e mudos por questões
de economia. A copiagem colorida era mais custosa além dos projetores sonoros serem
menos comuns pelo mesmo motivo.
Com o boom dos filmes caseiros nesse formato vivemos um
estranho retorno ao cinema mudo, conforme já foi tratado aqui no blog antes. A
falta de áudio era resolvida com legendas um pouco diferentes dos diálogos
originais já que tinham que suprir muito do que a edição havia desprezado.
Veja também:
Tubarão em Super 8
Super 8 e a volta do cinema mudo
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Super 8 e a volta do cinema mudo
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