Em 1965 a atriz Jean Harlow teve sua trágica (e rápida) vida contada duas vezes no cinema. Coincidências acontecem, né?
Lansbury e Rogers são Mama Jean Bello |
No caso de Harlow foram duas produções de qualidades distintas.
O da Baker foi colorido com um orçamento gordo e o da Lynley de baixo orçamento
em preto e branco, rodado no sistema Electronvision técnica que, com qualidade de imagem
inferior, era normalmente utilizado na TV.
Esse foi um dos motivos que fizeram Judy Garland cair fora
do projeto. O importante papel da mãe da estrela foi parar nas mãos da veterana
Ginger Rogers que acabou tendo aqui seu último trabalho no cinema.
No filme colorido o mesmo papel ficou a cargo de Angela
Lansbury. E ela está espetacular como mãe megera como já havia interpretado em
Sob O Domínio do Mal (The Manchurian Candidate, 1962 de John Frankenheimer).
Ambas as produções falham no mais importante: retratar Jean
Harlow. O filme em P&B pode levar vantagem já que Harlow por ter falecido tão cedo nunca foi vista a
cores, mas é contado num estilo tão vulgar quanto qualquer dramalhão de novela
das 9.
A Jean Harlow real |
Amigos maquiadores em produções de época, longe de mim querer ensinar missa a vigário, mas atentem para a sobrancelha do elenco feminino! É o que mais revela a época em que o filme foi realmente feito, não a que está sendo retratada.
Extremamente dramáticos, os roteiros perpetuam lendas como a
de que seu marido cometeu suicídio apenas dois meses após as núpcias porque
estava impotente. Há divergências e indícios fortes de que seria por ciúmes e
até quem aponte que foi assassinado pela máfia.
E a mais importante,
de que ela morreu com pneumonia sem cuidados médicos por convicções religiosas
da mãe. Sabe-se que nada disso é
verdade, Harlow estava sim sob tratamento de uremia, um tipo de infecção na
bexiga. Leia mais a respeito clicando aqui.
A Vênus Platinada merece ter um terceiro filme. Dica para
interpretar seu papel: Gwen Stefani!
A rápida participação a cantora como Jean Harlow em O Aviador
(The Aviator, 2004 de Martin Scorsese) é uma das melhores coisas naquilo tudo. Embora ela aos 46 anos já esteja bem longe dos 26 anos que Jean Harlow tinha quando morreu.Veja também:
Sharon Stone: A Última Grande Loira
Precoce morte da Loira Platinada
Uma vida em tons de cinza
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