Florinda Bulkan passou aquela saia justa no Fantástico em
1976 ao ser entrevista pelo Ibrahim Sued. Gente como a gente numa noite de
natal tendo que responder praquela tia: “E as namoradas?”.
No caso foi: “Você é contra o casamento? Ou não casou por
medo ou por que quer ficar solteira?”. A resposta foi a pior possível, mesmo
sendo numa entrevista com quase quarenta anos.
Assista ao vídeo abaixo, ou clicando aqui. E vamos ter uma conversinha
a respeito depois?
A cearense Florinda Bulcão foi pra Europa e virou Bolkan.
Tornou-se a atriz brasileira mais famosa no mundo depois de Carmen Miranda,
trabalhando com grandes cineastas europeus (não na conservadora Hollywood) como Vittorio De Sicca, Lucio Fulci e Enrico
Maria Salerno.
E mesmo assim ela precisa fingir que é heterossexual? Produzida
numa época liberal, só o Ibrahim não sabia de seu
casamento/relacionamento com a produtora assumidamente lésbica Marina Cicogna
que a transformou num mito da sétima arte.
Francamente, ninguém nunca é gay. Só a gente! Se uma pessoa dona de seu nariz, célebre, formadora de opinião, nega sua sexualidade, o que podemos esperar de gente comum que se mantém oprimida num armário, muitas vezes fazendo o patético papel de opressor?
Cerca de oitenta anos atrás (quarenta anos antes dessa entrevista) o galã William Haines foi muito mais corajoso ao abandonar a carreira em Hollywood. Você precisa conhecer a incrível história desse homem clicando aqui.
Francamente, ninguém nunca é gay. Só a gente! Se uma pessoa dona de seu nariz, célebre, formadora de opinião, nega sua sexualidade, o que podemos esperar de gente comum que se mantém oprimida num armário, muitas vezes fazendo o patético papel de opressor?
Cerca de oitenta anos atrás (quarenta anos antes dessa entrevista) o galã William Haines foi muito mais corajoso ao abandonar a carreira em Hollywood. Você precisa conhecer a incrível história desse homem clicando aqui.
Que interessante!
ResponderExcluirMas se ainda hoje em pleno século XXI e tendo já a sociedade liberado o casamento (aqui pelo menos) entre pessoas do mesmo sexo, AINDA ASSIM, muito artista se esconde no armário, não se pode censurar alguém há 40 anos atrás. Ainda mais mulher. (que ainda hoje é o «parente pobre» da homossexualidade).
Se ela voltasse para o Ceará arriscava-se a ser espancada ou assassinada - presumo eu. Tinha de fazer vida onde desse para ser o que era.