Uma é atriz cheia com tantos altos e baixos na carreira quanto números de casamentos, a outra é uma das mais bem sucedidas romancistas do mundo. Algumas vezes tentaram investir no terreno profissional da outra.

Ela crê que este foi o motivo para ter perseguido a vida
inteira homens difíceis, na esperança de resgatar o pai. Também se esforçou
muito para brilhar no mundo do showbuzines, ao contrário de Jackie, que
pretendia ser jornalista.
Por isso a carreira de Joan deslanchou primeiro. Jackie
resolveu ir morar com a irmã em Nova York. Temendo o risco de ser conhecida
apenas como “a irmã de Joan Collins”, mudou o nome para Lynn Curtis, mas
voltaria atrás logo depois.
Recebida de braços abertos, Joan apresentou-lhe muitos
contatos, incluindo Marlon Brando. Sua carreira de atriz nunca deu muito certo,
em compensação, o circulo que frequentou neste período serviu de fonte
inesgotável para seus romances picantes.
Enquanto Joan tinha uma carreira em banho-maria, Jackie se
transformou numa bem sucedida autora de literatura barata, daquelas de letras
grandes e palavras fáceis. Seus 32 livros publicados invariavelmente aparecem
na lista de best-sellers do New York Times.
Estima-se que foram vendidos 500 milhões (MILHÕES!) de
cópias e traduzidos em 40 idiomas. Inclusive no Brasil onde foram publicados títulos
audaciosos como Homens Casados, Gigolô de Luxo, Amantes Profissionais e
Vendetta do Sexo.
Joan passou a ser a irmã de Jackie Collins, até voltara a
ser um nome famoso de primeira grandeza na década de 80, com a soap opera Dinastia.
Jackie que se sentiu ofuscada por muito tempo achou que a irmã devia-lhe mais
crédito por ter reavivado sua carreira, enquanto a outra achava o oposto pelas
circunstâncias iniciais.

Quando Jackie reclamou publicamente que Joan estava
invadindo seu território como romancista, Joan respondeu: "Deixe disso! Você
começou sua carreira atuando quando eu já estava fazendo isso, então por que eu
não poderia ter um best-seller?".
Mas elas sempre negaram qualquer rusga mais profunda. Jackie
chegou a declarar que se dão bem, mas uma não é de frequentar a casa da outra, Joan
em compensação lembrava que se pode escolher seus amigos, mas sua família não.
Uma fonte próxima a ambas (elas compartilharam até editor)
garante que "Joan e Jackie realmente detestam uma a outra. Joan tem inveja
de Jackie porque é muito mais rica do que ela". Na lista dos artistas mais
ricos publicada pelo Sunday Times em
2004, Jackie apareceu em 16º enquanto Joan nem era citada.
Em 2011 foi a vez do Sunday Times aponta-la como a quinta
autora mais rica do Reino Unido. "Ambos são grandes empreendedoras,
ambiciosas e rivais não declaradas, mas diferentes como giz e queijo. Ambas são
tão competitivas como gladiadores.", definiu um dos biógrafos de Joan.
Primeira imagem e algumas informações são um oferecimento Daily Mail
Primeira imagem e algumas informações são um oferecimento Daily Mail
Essa história me fez lembrar de um post do "Garotas que dizem Ni" sobre Melrose Place, apontando o fato de que apesar de não se bicarem, Alison e Amanda estavam sempre perto, Alison sempre se sujeitando à tirania da chefe. No post, em determinado ponto, a autora colocou : "Sério Alison? Você já ouviu falar em classificados?" salientando que na vida real, a pessoa poderia se livrar de um emprego ingrato na hora que ela quisesse (em um contexto normal, sem crise financeira, logicamente). Claro que sabemos que é porque o roteiro diz que é assim, Melrose Place é ficção, mas veja neste caso das irmãs Collins. Quem tem irmãos sabe que em maior ou menor grau sempre rola "Sibling rivalry". Uma certa distância física ajuda muito a manter a paz familiar, cada um na sua. Não daria para uma ir tocar a vida em NY e a outra em LA, por exemplo?
ResponderExcluirAgora que li esta descrição, tomei partido... De Joan.
ResponderExcluirE uma sensação de desapontamento pelo carácter da outra.
Todos sabem que a riqueza surge em galope nas profissões de actores, músicos e escritores - aquando bafejados pelo sucesso. Mas nestas categorias, talvez os cantores, seguidos dos autores e depois atores sejam os que ganham mais. Mas o que é que isso importa? Realmente?
Essa futilidade de querer ser mais famosa, recolher mais benefícios, ser mais «cotada» que a outra é de embrulhar o estômago.
Na minha interpretação, Joan foi uma boa irmã, que abriu a porta da sua casa à outra quando esta procurava o sucesso que, provavelmente, já invejava na irmã. Apresentou-a e introduziu-a num círculo de pessoas influentes que não está ao acesso de qualquer um. Quis copiar a irmã até na profissão, mas não teve sucesso. Consegui-o na literatura de cordel. Devia era ficar radiante e feliz. Mas não. Impunha que a irmã não «entrasse» no território dela.. LOL.
E deixaram de frequentar a casa uma da outra. Se bem que quando precisou, bem que lhe soube ir viver com a irmã.
Bom, espero que tenha ficado feliz ao falecer primeiro!