Melancólico final da Deusa do Amor

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 Distante dos tempos glamorosos, Rita Hayworth participou de The Naked Zoo (1970 de William Grefe). Assista no player abaixo (ou clicando aqui) ao absurdo trailer desse sexploitation que seria seu penúltimo trabalho.


Sim, sim! Você viu direito. A eterna Gilda sendo a coroa levada que trai o marido de cadeira de rodas com um garotão, que depois lhe violenta com vinho (ironicamente, já que as revistas de mexericos lhe acusavam de ser alcoólatra, quando na verdade começava a viver o pesadelo do Alzheimer)...

A partir de O Que Terá Acontecido a Baby Jane? (O Que Terá Acontecido a Baby Jane?, 1962 de Robert Aldrich) muitas antigas estrelas de Hollywood toparam projetos jovens e ousados. Mais precisamente no encalço da indicação ao Oscar que Bette Davis recebeu pelo filme.

Nem todas encontraram produções minimamente à altura do seu brilho. Pra ser mais preciso, não houveram outras produções tão emblemáticas quanto a dirigida por Aldrich e até mesmo ele tentou em Com A Maldade Na Alma (Hush...Hush, Sweet Charlotte, 1964).

Veronica Lake em Flesh Feast
Depois do terror psicológico veio a vertente das drogas, tema recorrente na contracultura 60’s, onde se encaixa The Naked Zoo com a Rita Hayworth. Lana Turner apareceu no extravagante A Escrava do Desejo (The Big Cube, 1969 de Tito Davison) sobre os malefícios do LSD.

Veronica Lake saiu da aposentadoria para Flesh Feast (1970 de Brad F. Grinter). A sedutora loira do cinema noir é agora uma doutora senhorinha envolvida com nazismo e rejuvenescimento com grãos de arroz que fingem ser vermes.

Além do caché ser em conta, é sempre bom contar com um nome conhecido e isso aprendemos desde a parceria de Ed Wood e Bela Lugosi. Invariavelmente constrangedores, mas inegável que pelos temas sensacionalistas e suas atrizes, os filmes dessa fase são maravilhosos hoje. (Maravilhosos num sentido mórbido, mas maravilhosos!)

Veja também:
Veronica Lake, estrela da posteridade
Lana Turner nas garras do LSD
Quando Cansino tornou-se Hayworth

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