Ela não existe, nem nunca existiu! Foi construída pelos cenógrafos da MGM seguindo o estilo do arquiteto modernista Frank Lloyd Wright, o mais famoso do mundo quando o filme foi rodado.
O site Jet Set Modern descreve a longa jornada envolvendo a construção do imóvel. A começar pelo fato de que a vegetação da área mostrada era extremamente sensível, impossibilitando qualquer construção ali.
Foi mais fácil e econômico construir os interiores em estúdio e a fachada como uma miniatura que depois foi adicionada à ação filmada realmente no monte. Como acreditamos na existência deste lugar o resultado é excelente para um efeito rudimentar.
Ainda sobre economia, este foi o principal motivo para que o próprio Frank Lloyd Wright não tenha emprestado seu renome ao filme. Dez anos antes a Warner Bros. o tentou contratar, e ele teria pedido 10% do orçamento, o que era fora dos padrões de Hollywood, lugar onde jamais trabalharia.
Voltando ao “Intriga”, Hitchcock vinha do (espantosamente) fracassado Um Corpo Que cai (Vertigo, 1958) e investiu forças em atrair o público médio. Aquele que mesmo distante de viver em um universo rico sente-se bem em dizer que o conhece, ou o compreende.
Assim não faltaram idas e vindas em locações luxuosas, assim como populares, reconhecíveis por qualquer um. O próprio personagem central interpretado por Cary Grant é um dos lendários publicitários bem sucedido de Madison Square.
Casas projetadas por Wright era o sonho de consumo distante para a maioria, mas recorrente. Assim veio a ideia da moradia do vilão interpretado por James Mason ser uma delas junto ao monumento esculpido na rocha, palco do grande final.
Ela segue não só o estilo das formas, mas os materiais típicos, como granito e madeira escura. O que foge da regra são as vigas de metal que a sustentam, cujo herói escalará para ter acesso sem ser visto.
Sabendo que Hitchcock tomava cuidados com a atemporalidade dos figurinos (leia clicando aqui), é provável que fizesse o mesmo com os cenários. Frank Lloyd Wright, que faleceria no ano em que o filme foi lançado, já era considerado um clássico sem riscos, embora bastante celebrado na época.
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Assistindo ao Manhattan Connection desta semana, soube que vem aí uma cinebio do Hitchcock. Demorô, né? O gorducho é feito por Anthony Hopkins, não sei dizer se é uma boa escolha, mas pelo menos é um inglês!
ResponderExcluirLucas Mendes disse que o Hopkins, falando com uma uma prótese na boca, ficou igualzinho ao Adolpho Block! (LOL)
Acho que a vida de alguns diretores de cinema podem resultar em boas cinebios..., que eu me lembre não foi feita nenhuma até então. Salvo a do Chaplin.
Refer, fizeram um telefilme recente apenas com o relacionamento dele com a Tippi. E vai sair este filme sobre os bastidores de Psicose.
ResponderExcluirImagine uma cinebio sobre o xarope do Klaus Kinski (que não era diretor de fato, mas se aventurou na área). Ou então sobre o POLANSKI.
ResponderExcluirelemesmo, a do Polanski seria um prato cheio pra cinebios de hoje. Acho lamentáveis!
ResponderExcluirTodas querendo quebrar mitos, querendo mostrar o lado mais podre ou doentio. Sempre com aquelas maquiagens de borracha medonhas...
"Cool de quem?", perguntaria Dercy Gonçalves. "Cool de um vilão!", responderia M.Andrade.
ResponderExcluirCinema é tão encantador que tem a capacidade de obnubilar nosso senso de realidade. Só mesmo no cinema um espião poderia morar numa casa numa casa desse tipo, num lugar como esse e a gewnte nunca questionar esse absurdo.
Refer, verdade! O lugar mais indiscreto para um espião morar.
ResponderExcluirQualquer turista que fosse ao Rushmore ia ficar de olho no que acontece nesta casa.
Refer, bingo! Entra em contradição por chamar atenção e deixar explícito que o personagem é espião.
ResponderExcluirMiguel, há um tempinho o Google usa, como método de confirmação, uns números extraídos de imagens do Google Street View...Só eu que não enxergo em 95% das vezes? Rsrsrsrsr
Daniel, mas ele posa de bon vivant comprador de arte. Dá pra elevar. rs
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