Pausa para nossos comerciais

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Os novos carros de fabricação Ford para 1957... Atraem a Atenção do Mundo!

E sou dos que não acham lá muita graça em carro. Passei com a idade a prestar atenção a carros vintage.

Principalmente porque não há reflexo maior dos tempos tristes e pouco imaginativos que vivemos do que a frota de veículos em circulação. Designe e cores de pobreza franciscana.

Ou são brancos ou pretos, ou prata. No máximo vermelhos. Pra quem não se liga em maiores detalhes, todos são iguais, padronizados...

A síndrome de manada elevada a quatros rodas! Se fosse pra eu aprender a dirigir e ajudar a escangalhar as vias públicas, procuraria algo num ferro velho, evidente.

[Ouvindo: Beautiful World – Devo]

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12Comentários

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  1. Engraçado que sempre digo isso em relação aos modelos e cores, mas um amigo que fez uma compra recente disse o motivo das cores: em nosso país, muita gente arranha o carro do outro por simples maldade. Flanelinhas, então, são mestres nisso.

    E o carro é desvalorizado, implicam-se coisas chatinhas com carros cheios de arranhões. Dá para entender, mas não engolir, rs.

    Sobre a propaganda, achei até engraçado estar em português porque estes modelos gigantes, beberrões e coloridos não pegaram por aqui - acho que nem chegaram a ser vendidos "de verdade". Mas não tenho muita informação, fiquei curioso com a propaganda.

    Outro dia vi passar em minha frente, na minha rua, aquele Cadillac do começo da década de 70, já sem o rabo de peixe, na versão conversível. Branco, reformado e....gigante, rs. Passa do tamanho de uma caminhonete cabine dupla. E sim, é lindão, rs.

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  2. (putz meu comentário 'sumiu'- vou repetir)

    É uma puta covardia comparar a era de ouro do automóvel, anos 50, com a era do carro pós-crise do petróleo que encorpa desde 1972.

    Daniel, seguinte: a Av. Rio Branco, nos Campos Elísios, em SPaulo, nessa época concentrava as agências pequenas, médias e grandes lotadas com esses carrões americanos. Não é que "não pegou", é que somente os realmente ricos podiam pagar. A indústria automobilística brasileira, inaugurada no finalzinho dos 50 mudou esse panorama, fabricando carros como o Fusca, para a classe média.

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  3. Refer, sabe que eu acho o cúmulo da dualidade atemporal? Estes carrões, gigantes, confortáveis, arredondados e um dos maiores exemplos do "American way of life", hoje serem lembrandos e serem "referência" em Cuba, um país quase que oposto ao ideal, tanto dos carros, quanto dos EUA, rsrsrsrsr.

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  4. Daniel, Cuba pré-Castro, com aquele tamanho micro, era a 4ª economia da América Latina. Por isso, havia muito mais ricos em Cuba que no Brasil, e os carros eram sempre os melhores e mais recentes modelos americanos 50s. Com a miséria socializada por Fidel, sobraram os carrões que até hoje rodam por Cuba. Atualmente, os milionários cubanos são poucos, são algumas poucas famílias que detêm os meios de produção e apoiam o regime castrista; estes andam em carros modernos luxuosos, japoneses, americanos, alemães etc., iguais aos dos milionários brasileiros.

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  5. Daniel, faz sentido... Mas o povo também tem necessidade de aparentar pertencer a um grupo.

    Devem ter orgasmos secretos a cada engarrafamento que entram. Ele e mais centenas de carros identicos.

    Refer, mas até na década de 80, começo da 90 havia muito mais ousadia pelo menos em cores. Foram ficando cada vez mais banais.

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  6. Aliado ao que o Daniel disse, sobre arranhões e tal, tem o argumento faveladíssimo de que essas cores "não sujam", ou seja, a sujeira não aparece, o que dá uma ideia da várzea que é nosso pensamento.

    Mas eu lembro de uns rabos-de-peixe, sim. Um tio-avô meu tinha um Aero-Willys, embora eu não tenha pegado essa era coloridíssima, o que é uma pena, porque era um charme só.

    Mas eu acho meio doente essa coisa de você trocar de carro a cada ano pra se manter como gente perante a vizinhança. Modelitos SUV, então, é crise aguda de frustração pessoal.

    Já disse aqui que dirijo um Fiat antiguinho (mas com mecânica em dia, incusive pra Inspeção veicular). Tenho mais por causa dos meus pais. Se estivesse sozinha não teria.

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  7. Sim, Refer, digo em relação a história e ideal do design e do automóvel em si, como foi de um extremo a outro com o passar dos anos. É o exemplo mais clássico de coisas que eram feitas e pensadas para e por uma sociedade "exclusiva" e hoje é banal, arcaico, velho, .... O Bip - e outros milhões de coisas - passou por isso, mas nenhuma sociedade precisou mantê-lo, creio eu, rs.

    Letícia! Você disse sobre o Aero, mas em muitas cidades do interior, durante a década de 90, ainda via-se aquelas Rural(is), vermelhas, verdes... Super legal, rs. Fora que até há uns anos atrás, caminhonetes tinham como característica cores "fortes" e impactantes, como um vinho, ou azul escuro, ou verde-claro.... Quem não lembra da Pampa, da Ford, e aquela cor meio que dourada (não posso dizer muito porque lembro da cor pela memória; mas 80% era aquele tom de amarelo ouro, ou alo próximo a isso, rs).

    Miguel, de 15 anos pra cá, temos duas coisas que contribuíram muito para a monocromia: custos e necessidade de ser igual, rs, além do que já citei, que é a desculpa vigente. Hoje, várias montadoras oferecem um preço "x" para carros pretos, cinza ou brancos. Qualquer coisa que saia disso é custo extra; inclusive, aum "perolado" da vida, que não deixa de ser um branco com 3% de amarelo e 1% de vermelho, rsrsrr.

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  8. Letícia, "Argumento faveladíssimo", hahahahaha!!!

    Olha, cheguei a andar nuns carrões 50's quando ia passar as férias numa fazenda. Cabia umas 6 crianças só no banco da frente.

    Ah, bota doente nisso trocar de carro por modinha. Veículos são meios de transporte cômodos e só!

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  9. Meninos, faz sentido essas banheiras pelos rincões. Devo ter andado nesse carro do meu tio-avô, só que não lembro. E a Rural Willis, pra mim isso é um sonho que ultrapassa qq. SUV ordinário. Eu acho simplesmente um luxo de imponência e terror aos outros motoristas.

    Miguel, eu observo o comportamento de motoristas: nas manobras, ao imbicar pra entrar em algum lugar, quando o sinal abre e tal. Muitos o fazem com tal magnanimidade que você jura que só existem eles no mundo.

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  10. Letícia, pelo povo de "cuca legal" que temos, acredito que até temos poucos problemas no transito. Devia ser igual ao da China.

    Nem em tronos reais eles poderiam se achar tão onipotentes.

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  11. Como o chapa federal descendo a rua Aurélia às buzinadas: EU QUERO PASSAR, EU POSSO!!! Levantei-lhe meu dedo plebeu, foi o que deu pra fazer.

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