Antigo canal do exportes, nenhum outro da TV aberta já investiu tanto em reality shows. Agora leva a desvantagem de ter o original bastante conhecido na TV paga.
E talvez por isso a primeira reclamação de muitos foi técnica. Enquanto o americano tem imagens cristalinas, no nosso são embaçadas, sem foco.
Antes disso eu reparei na abertura, de extremo mau gosto para um programa que vai dizer quem o tem ou não para a moda. Como toda programação visual da emissora, deve ser produzida pela mesma equipe desde a época da Xênia Bier.
Galisteu ( cujo estilo nunca foi lá muito elogiado no mundo da moda) não tem o tempo de função da modelo Heidi Klum, mas não compromete. Quando for menos meiguinha com os competidores e expuser opiniões concretas sobre o tema abordado irá melhorar.
Fora isso, a dinâmica da edição está arrastada. Perderam precioso tempo dissertando sobre coisas como cabelos e maquiagem em prol dos anunciantes enquanto o desenvolvimento das roupas foi de supetão.
Em vários momentos os jurados (sem tratamento profissional de cabelo e maquiagem!) se ativeram a julgar este quesito, deixando o estilismo em segundo plano. Se no primeiro episódio foi cansativo e desnecessário, imagina-se nos que virão.
Ainda há Alexandre Herchcovitch fazendo as vezes do elegante Tim Gunn como mentor dos novatos. Se ensina-los a ter amigos importantes na imprensa já é meio caminho andado na passarela.
Resta-nos acompanhar pelo menos mais um episódio e ver o andar da carruagem. TV aberta sábado à noite no Brasil nunca foi das melhores coisas para se passar o tempo.
[Ouvindo: Changing Partners - Patti Page]
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