Essa é fácil de pegar

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Saúde e sensacionalismo são pareceiras de longa data. Esta seleção de cartazes da primeira metade do século passado, pertencentes à Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA, deita e rola em muitos arquétipos da sexualidade.

A prostituta fatal de cigarrão no canto da boca, ou a garotinha com ar de tola irá te contaminar com terríveis doenças venéreas. Não há menção há dona de casa comum, que se contaminará dentro de seu sagrado lar mesmo.

Após a epidemia da AIDS na década de 80, muito se discutiu sobre a eficácia de propagandas do tipo. Além de automaticamente afugentar a atenção para o tema que devia alertar, ainda segrega grupos ao generalizar.

E mesmo depois de tudo, com tabaco a conversa é exatamente a mesma. Terrorismo com imagens chocantes e meias verdades ao invés de informações concretas só nos fazem pensar quais são as reais intenções da investida governamental...

O que será que custa mais aos cofres públicos: Gastos com saúde ou campanhas de marketing? Daria pra economizar um bocado em ambas se a principal investida fosse em educação.

Pena que os resultados nessa área só aparecem a longo prazo. Pouco interessariam de quatro em quatro anos.

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[Ouvindo: Nobody's Child - Penny McLean]

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6Comentários

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  1. "A Sailor Doesn't Have to Prove He's a Man"

    Quando vi a primeira vez essa dos marinheiros interpretei de forma errada, na segunda vez que eu vi a moça encostada no poste.

    Culpa do Fassbinder e do Genet.

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  2. Governo devia ser coisa pra profissional. Pois não se está careca de saber que "grupos de risco" são os primeiros a se armar contra tais doenças?

    Miguel, outro dia te falei das "polacas" que trouxeram ao Brasil a noção de prevenção, né?

    E tem o case clacissíssimo da AIDS, em que os tais grupos de risco se safaram, e a bichinha acabou se encafofando mesmo onde é seu local de direito: o sacrossanto seio da família brasileira.

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  3. Plaza, comigo o que levei um tempinho a mais pra entender foi o dos marinheirinhos. Aposto que pelo mesmo motivo! rs

    Letícia, tem razão. E o eleitor tinha que ficar mais ligado ao andamento da política não só nas eleições.

    Parece coisa mais evidente do planeta que educação e saúde tinham que andar lado a lado.

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  4. caramba, atribuíram todas as doenças às mulheres :S

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  5. Anônimo, TODAS! Os homens são vítimas...

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  6. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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