Ex criança prodígio, levada ao trabalho pela mãe(uma atriz frustrada), cresceu diante nas telas, tornando-se uma queridinha do público. Os belíssimos olhos cor de violeta chamaram logo a atenção em esplendoroso Technicolor.
Seu maior feito foi ter se mantido como estrela de primeira grandeza mesmo com a vida devastada em revistas de celebridades. Como toda adolescente, Taylor era namoradeira, só que no caso, qualquer namorico interessava à imprensa.
De saúde frágil, as notícias a seu respeito, independente de ter um filme novo em cartaz ou não, eram sua vida amorosa e saúde. Quando os pudicos estavam prontos a tacar pedras , lá vinha uma triste história com sua vida por um fio.
Adulta, lutando para deixar de ser só a menininha da Metro, bateu de frente ao fenômeno Marilyn Monroe. A loira naturalmente nunca fez o estilo namoradinha da América, a morena tentava escapar deste título participando de adaptações dos textos de Tennessee Williams e coisas parecidas.
Cleópatra (1963) quase levou a 20th Century Fox à banca rota, ajudou a melar o relacionamento de Monroe com o estúdio, mas se tornaria um marco. Muito provável que TVs no mundo todo o reprisem hoje de madrugada.
Trabalhando cada vez menos como atriz, continuou interessando aos jornais. Tanto pelos oito casamentos, dois deles com o mesmo homem, o astro Richard Burton, quanto por ter abraçado causas humanitárias.
Na década de 80, quando a AIDS era encarada pelo puritano governo Reagan como um castigo divino, a atriz interviu pessoalmente contra qualquer ignorância e descaso político. Deu todo o apoio imaginável a começar pelo colega e amigo de longa data Rock Hudson, primeiro astro a ter a doença publicamente divulgada.
Indicada cinco vezes ao Oscar, saiu vitoriosa duas vezes, em 1961 por Disque Butterfield 8 (BUtterfield 8 de Daniel Mann) e em 1967 por Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (Who's Afraid of Virginia Woolf? de Mike Nichols). Em 1993 foi agraciada pela Academia com o Jean Hersholt Humanitarian Award, em reconhecimento à sua luta pelos avanços da medicina contra AIDS.
Sua última participação no cinema acabou sendo como a sogra malvada de Fred Flintstone, na adaptação do desenho The Flintstones com atores de carne e osso em 1994. Sempre antenada, chamou atenção quando aderiu ao Twitter, isso quando o microbloggin ainda não era tão popular entre celebridades.
Usando o nome @DameElizabeth, explicou pela ferramenta porque não participaria do funeral espetáculo do amigo Michael Jackson. Sua última tuitada foi no dia 09 do mês passado, para divulgar a entrevista que havia dado à Happer’s Bazzar.
Após uma jornada gloriosa, Maggie, a gata, pulou! Que descanse em paz.
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A primeira imagem é um oferecimento 9teen87's Postcards, a segunda Music2MyEars e a terceira Zimbio
Linda homenagem, meu querido!
ResponderExcluirE o dia chegou :(
ResponderExcluirRaquel, obrigado!
ResponderExcluirAnônimo, pois é. Continuará eterna e belíssima em seus filmes.
Texto super bacana, me emocionei. E eu achei que Liz fosse imortal. Estamos ainda mais carentes. Grande atriz.
ResponderExcluirWesley, obrigado. Estamos mesmo.
ResponderExcluirUma estrela a mais para a grande constelação no céu. Descanse em paz Liz!
ResponderExcluirBelo texto Miguel
Nayara, Isso mesmo!
ResponderExcluirE obrigado.
Também me emocionei com o texto,lindo.
ResponderExcluirSuas palavras me reportaram a toda beleza e grandiosidade de Liz, essa fez de sua passagem por aqui um grande espetáculo.
Irene, sim! Viveu e lutou pelo que achava correto. Não são muitos que fazem isso.
ResponderExcluirMinha primeira paixão foi Deborah Kerr, mas tive de juntar todas as minhas forças para não traí-la com Liz Taylor, depois de vê-la em 'Giant'.
ResponderExcluirUma história sobre ela que eu gostava muito, então, é que Liz tinha a mania de levar as sobras dos almoços e jantares para casa.
Ficava imaginando a LT lindíssima, famosíssima, ricaça, saindo do Maxim's vestida com um casaco de vison espetacular, com uma bolsa Farah Diba numa mão e uma marmita na outra. Genial!
Refer, lógico! Ela era uma péssima dona de casa.
ResponderExcluirA residência dava pânico não só pela bagunça, mas pela sujeira. Assim, li no livro do Spoto.
O que faz sentido, já que como estrelinha infantil, não deve ter sido educada nas prendas domésticas.
...não sei se essa história de levar sobras para casa é verdadeira; talvez tenha sido inventada por uma 'louella parsons' qq, mas para mim é tão sensacional que considero autêntica — e vai ter de entrar na cinebiografia.
ResponderExcluirRefer, a quentinha que salva o almoço de amanhã! É válido! hahah
ResponderExcluirQuando soube da morte, até postei no facebook e twitter que, pra mim, a era do glamour, das atrizes míticas e dos personagens grandiosos acabou. Restam ainda poucos exemplares e, pelo tanto que pensei em Liz, nem me veio alguém na cabeça.
ResponderExcluirUma das poucas pessoas no mundo que tem o poder de ter participado de movimentos culturais, sociais e musicais quase sempre com grande sucesso e repercussão. Creio que qualquer pessoa no mundo, até aquelas menos cultas ou não-entendedoras de cinema, pensam na imagem de Taylor quando falam sobre Cleópatra. Cleópatra mesmo ninguém consegue imaginar, ou sequer inventar um novo rosto. Quantos atores já fizeram o papel de "Jesus"? E não há uma unanimidade como existe no caso de Elizabeth...
É uma atriz de uma era que, como disse em outro comentário, as estrelas eram mitos quase que imortais. Eram sinônimo de tanta coisa que a imagem de sues rostos ou estilo eram sinônimo de tantas outras. Pensar em mulher linda, sensual e ingênua, é pensar em Marilyn. Andrey Hepburn era a bonequinha de luxo, elegante e exemplar. E Elizabeth faz parte deste time de ícones, seja pelos casamentos, seja pela defesa de causas, seja por ficar quieta enquanto não estava filmando.
Penso que algumas grandes estrelas do "passado" que tem se adaptado ao modo "sec. XXI" de fazer sucesso perderam certa parte do glamour e do ícone que são; como exemplo, vemos Tina Turner e Cher. Hoje soam como chacota ou como aquele artista que consegue rir de si mesmo; algo como um humor negro consigo mesmo. E as estrelas eternas não tem esse humor próprio, esse humor ingênuo.
Daniel, verdade mesmo! Concordo com tudo.
ResponderExcluirE Ester Williams está viva. Todo mundo se esquece dela, mas já foi poderosíssima.
Parece que não sobrou mais ninguém da "Era de ouro de Hollywood"...Descanse em paz!!!!!!
ResponderExcluirMauro, sobraram vivas sim!
ResponderExcluirHoje me lembrei das irmãs-rivais ( Oliva de Havilland e Jean Fontaine). Como ainda sou leigo neste assunto eu precisarei de " remedinho " para memória.
ResponderExcluirMauro, acabei de falar sobre elas no Face. Vida longa a elas!
ResponderExcluirPor que será que a gente tende a definir, em casos como o de Liz Taylor, seus verdadeiros amores? Ou dá pra negar que sempre elegemos Richard Burton seu verdadeiro amor, ali, ó, pra valer?
ResponderExcluirBela homenagem, Miguel.
Letícia, acho que pra fechar a biografia. Sempre tem que ter uma história de amor. Coisa da nossa cultura, não necessariamente realidade.
ResponderExcluirNo caso dela, a própria falou nele algumas vezes. Até teria demonstrado interesse em ser enterrada ao lado dele.
É. Mas que relacionamento turbulento, não?
ResponderExcluirLetícia, a delícia das revistas de fofoca! E eles deviam curtir isso.
ResponderExcluirTem no YT um trecho de Lucy com o casal, fazendo piada com o lance do diamante.