Jogo de damas

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Por isso que não dou pelota para lista de melhores filmes. Raramente encontraremos filmes como A Grande Mentira (The Great Lie, 1942 de Edmund Goulding) e com razão, é uma história bem fraquinha...

...mas é inesquecível! Cheio de catfights de Mary Astor e Bette Davis, exímias atiradoras de farpas sem perder a elegância do alto de seus casacos de vison.

A primeira é uma mimadíssima super estrela da música erudita, a segunda uma fazendeira rica dos confins dos EUA. As duas, claro, disputam como podem o coração do mesmo homem.

Um tipo daqueles com excesso de gomalina nos cabelos e um bigodinho que se bobear foi retocado a lápis. Aos olhos de hoje, George Brent (parceiro de Davis outras vezes) seria um canalha, que de forma alguma merece qualquer uma delas.

Outra coisa a se destacar é a presença de Hattie McDaniel, a esta altura já com o status de única atriz negra a leva um Oscar. Sua Violet é praticamente a Mammie de ... E O Vento Levou (Gone with the Wind, 1939 de Victor Fleming) que entrou em algum bolsão do tempo.

De fidelidade canina a sua sinhazinha, dói igualmente em seu peito a dispensa do amado da patroa. Chega a ameaçar fazer bruxaria para espantá-lo pra bem longe, ou até, partir pra violência física.

Azeitando tudo isso, Tchaikovsky com Concerto No. 1 (1º movimento). E ainda sobra saber qual é a tal mentira tão grande que foi parar no título da película...

[Ouvindo: Ye Ye – Syuri Eiko]

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8Comentários

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  1. Tem esse filme naquele box dela? Eu preciso comprar logo antes que suma das lojas!

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  2. Rao!, não! Assisti quando a TNT exibia clássicos de madrugada e agora o encontrei na web.

    Esse box dela tem um segundo que a Warner não lançou aqui. Deve ter nesse.

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  3. Solidarizo com o Rao! (como é usual comigo, Rao me lembra o Superman e uma história de Sandman: "Noites sem fim", quando os personagens se encontram em meio a uma reunião de corpos celestes e há várias personificações humanoides das estrelas, como Sto-Oa (o sol de Oa dos Lanternas Verdes), Sol (o nosso sol mesmo) e Rao (o sol de Krypton).

    Quando a gente passa a gostar também de coisas, objetos, obras de arte, enfim, que não são "mainstream" (tipo uma Playboy ou Quatro Rodas - nada contra, só para explicar a situação - que vc tem certeza que todo mês, em qualquer banca, vai estar lá), passa a existir essa questão estratégica de, tendo o dinheiro necessário disponível, é melhor adquirir na hora em que se encontra o item, sob pena de ter que aguentar um tempo indefinido de "out of stock"/avise-me quando estiver disponível.

    Achei inspiradora a legenda na primeira foto ("se não pensasse bem de você, lhe partiria a cara"). Se eu tivesse "the looks", arriscaria ser ator, especialmente para poder fazer cenas de confronto, desse naipe (e também cenas de briga / vias de fato, agressão física ou verbal e surto).

    A gente ouve muitos atores e atrizes dizerem que gostam mais de interpretar vilões por serem personagens mais interessantes do ponto de vista do trabalho interpretativo, mas desconfio que muitos devem gostar também do efeito catártico de agredir ou de se comportar fora dos padrões de normalidade em cenas assim.

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  4. Gastão, Davis responde: "A recíproca é a mesma". Heheh

    Olha, concordo com isso também. Espero um pouco dar uma abaixadinha no preço e compro.

    A contenda nesse filme é tão forte que deu a Mary Astor seu único Oscar. Atriz coadjuvante, aliás, único prêmio do filme.

    Bem justo.

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  5. "Se não pensasse bem de você, lhe partiria a cara."

    Adorei!

    Vou assistir!

    Em tempo: estranhei não ver aqui um post sobre "Escravos do Desejo", onde a Bette Davis solta contra Leslie Howard uma das farpas cinematográficas que mais gosto.

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  6. Alex, por pura falta de oportunidade. É um dos meus favoritos com ela.

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  7. Catfight e Bette Davis, me ganhou nesta frase.

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  8. Leo, pois é! Podia ser qualquer filme.

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