Filme tão simples, mas tão bonito (no sentido cru da palavra) que causou uma falação daquelas sobre o conteúdo sexual. Que conteúdo?
Tem que ser bem bolha pra ver só sexo ali, diante de tantas camadas mais interessantes entre o triangulo amoroso formado por Anais Nïn, Henry Miller e a esposa June. No Brasil ainda sapecaram o subtítulo “Delírios Eróticos”.
Foi um dos primeiros que aluguei em VHS, lembro ter me decepcionado pacas com o alardeado lesbianismo. Esse povo se assusta com qualquer coisinha...
Olha, mas não deve ter tido marketing melhor do que a MPAA (Motion Pictures Association of America) ter criado nova classificação para ele. A partir de Henry & June passou a valer o “NC 17” (proibido menores de 17) entre o "R" (permitido menores de 17 acompanhados por adulto) e o “X” que foi extinto.
Antes, qualquer peitinho à mostra levava “X” e boa! Tanto Atame! (de Pedro Almodóvar) quanto o mais cabeludo filme pornográfico vindos das trevas a classificação era a mesma.
O espanhol com Victoria Abril e Antonio Banderas se beneficiou do “NC 17”, mas antes já tinha tomado um “X”. Almodóvar aparece outras 4 vezes na lista da MPAA.
E não era todo exibidor que aceitava passar um filme “X”, o que relegava os filmes ao fracasso. Produções de Hollywood eram conscientes do risco e se precaviam contra isso, já as europeias e independentes penavam por espaço nos cinemas ianques.
[Ouvindo: I Was Born This Way – Carl Bean]
Já eu vi este filme há uns três anos em DVD e achei ele bem inofensivo em termos de erotismo. Esse MPAA é uma piada! O caso de censura polêmica mais recente do Órgão é a classificação elevada para "O Discurso do Rei" apenas por causa de uma mera sequência onde Colin Firth diz uns "shit!" e "fuck!". Besteira.
ResponderExcluirAlex, ah, mas já se passaram quase 20 anos! rs
ResponderExcluirO tempo voou mesmo!
A MPAA parece estar mais empenhada em combater a pirataria hoje. Escuta-se falar menos dela, fora esse caso de "O Discurso do Rei".