Educando meu anjo

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Às vezes perco tempo pensando na educação que meus filhos imaginários receberiam. Por exemplo:

Se pai de uma linda menininha eu fosse, não deixaria de inscrevê-la em todos os concursos de beleza mirim que existem! Isso se ela fosse uma linda menininha mesmo.

Só pra ir se acostumando desde pequititinha que esse mundão é injusto pra cacete! Ou seria isso ou descobriria almoçando rapadura todo santo dia. É doce?

[Ouvindo: A Land for Renegades - Zombie Zombie]

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18Comentários

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  1. Filhos imaginários, hahahahaha! Miguel, não é que eu já pensei nessas coisas também.

    O que seria esse Miss Seven? Vai ver que é concurso de talento.

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  2. Glauco, e quem não pensou que faria melhor observando pestinhas mal educadas?

    AH!!! Miss 7 anos. Provavelmente!

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  3. Medo da Miss Seven!!!

    Não acho o mundo injusto.. Não sei quem disse mas concordo: É pouco céu pra muita estrela. Só isso.

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  4. Moyses, aham... Você no lugar da segunda colocada do Miss Sevem teria dado com o troféu na cabeça da gordinha.

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  5. Miguel, seria o caminho mais rápido para criar uma louca dentro de casa, meu amor!

    Minha irmã caiu numa dessas com meu sobrinho. O menino, de fato, é muito bonito, tirando a corujice. Inscreveu o coitado num desses concursos de beleza de promoção de shopping, e ganharia quem tivesse mais votos num site.

    Adivinha o que aconteceu? As merdilenes passavam o dia penduradas na internet à caça de IPs das amigas, e minha irmã lá, bobona, finalmente viu que a vida é dura.

    Bem, foi pra nunca mais. Ainda bem que o menino é avesso a essas coisas e nem ligou.

    Eu sei que você defende o didatismo da coisa, mas ia ter um trabalhão, pensa só...

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  6. Letícia, mas é preciso aprender a ganhar e a perder. hahahaha!

    Sou daqueles que se houver 1% de possibilidade de derrota nem participo de nada! Isso é um problema sério pra mim.

    Que injustiça com seu sobrinho!

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  7. Essa Miss Seven não é criança. Olhei direito: é o Ferrugem em drag.

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  8. Refer, devia ser do gosto naquele tempo: criancinhas com sarda = criancinhas levadas e engraçadinhas.

    Miguel, pois eu não avisei à minha irmã? A louca prosseguiu mesmo assim, embebedada pelo delírio maternal. Aprendeu.

    Antes disso, estavamos eu, minha mãe e ele no Água Braca e uma mulher se aproximou, simpática e urbana, com um cartãozinho de agência de elenco. Agradeci, disse que não era a mãe dele mas que o cartão seria encaminhado.

    Cheguei em casa, entreguei o cartão a minha irmã e disse que, se ela procurasse, iria denunciá-la á polícia por exploração de trabalho infantil.

    Milagrosamente, ela me ouviu.

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  9. Refer, provável! Hahahahaha

    Letícia, alívio! Minha irmã caiu nessa quando meu sobrinho era pequeno. Gastou uma fortuna em book coisa e tal.

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  10. Uma amiga também passou por isso. Abri exceção e aconselhei ela a parar com isso, porque já estava prejudicando o horário de trabalho. Fora a vida da menina, que virou um inferno de compromissos vãos.

    Dá pena do calvário que a pessoa passa. Ela acha que vai chegar lá com tratamento de estrela e tem de entrar numa fila imensa.

    O babado deles é vender book. Até encaminham, mas o ambiente é insalubre. Imagina competir com um monte de mães que não têm alternativa de renda? Deus me livre!

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  11. Letícia, que loucura apostar todas as fichas num serzinho de 7/8 anos? E outra, esse lance de book já é uma super sacanagem.

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  12. O Moacyr Franco tinha (tem, ainda?) uma empresa dessas, que há coisa de uns 15 anos era pertíssimo de casa. Todo dia se via um 'desfile' de mães enlouquecidas e pimpolhos histéricos na Alameda Fernão Cardim — depois, a empresa mudou-se para a Bela Vista.

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  13. Refer, eu fazia frila fixo numa editora lá na Rui Barbosa (endereço novo dessa agência) e via pela manhã aquelas hordas de maes e filhos no ônibus, todo mundo com a melhor roupa que podia.

    Dava pena, mas ao mesmo tempo a gente via que o negócio era explorar o pequeno até o bagaço. Tanto os pais como a empresa, que mantinha estrategicamente uma loja de roupinhas fofoletes (e caríssimas) do lado.

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  14. Refer, Talentos Brilhantes? hahahaha Não sabia que era dele.

    Letícia, pena e raiva. Alguns só querem mostrar ao mundo a lindeza que pariu, mas creio que a bela maioria estão afim mesmo de colocar o burro à sombra.

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  15. Sim. E olha que a criançada nem era bonitinha. Essa é a parte da pena.

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  16. Letícia, hahahahahahahahahahaha!!!

    Sempre tento ver se quando eu gosto, ou olho algo de forma diferente não estou corrompido. Tipo o olhar destes pais.

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  17. Eu também me policio, sabe?

    Mas nada como o tempo pra rubricar a opinião da gente. Por exemplo, a moda dos anos 80, eu já achava horrorosa LÁ!

    E meio que me recusava, e até tentei sofrer por causa disso na época. Hoje eu vejo que estava certa, há há há há há!

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  18. Letícia, verdade!!! Muita porcaria que o povo gosta hoje tirando sarro do tipo "Uau! Eu gostava desse lixo!" eu já torcia o nariz na época.

    Principalmente com música.

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