Aliás, haver havia! Mas nunca fui com a cara de super-heróis americanos em quadrinhos (tipo Marvel, DC), com aqueles traços sujos, cores escuras, balõezinhos abarrotados de texto e histórias sempre a serem completadas em outros gibis.
Gostava de mangá, mas o gênero se resumia a Akira. Edições quinzenais custando os olhos da cara para quem tinha que passar fome no recreio pra gastar na banca.
Para quem se alfabetizou sozinho para entender Turma da Mônica além dos desenhos, Andrea foi um achado! Há pouco tempo, o próprio Maurício de Sousa me contou via Twitter que Aluir Amâncio foi o responsável pelos quadrinhos de sua Tina.
Amâncio (hoje com renomada carreira internacional) foi muito feliz não só nos traços, mas na narrativa. Como num seriado de TV americana, as historinhas tinham certa continuidade na linha de tempo dos personagens, embora, cada uma contava trama com começo meio e fim.
Logo na primeira aparição vemos a heroína cobrindo um evento de arromba, repleto de celebridades. Dá pra identificar Hebe Camargo, Jô Soares, Peter Parker, Tarcísio Meira, Clark Kent, Faustão e Caetano “Eu Sou Neguinha” Veloso.
Os enquadramentos também eram de cinema. Usando e abusando de closes e planos dramáticos, lembrando storyboards.
Fiquei alguns meses voltando da banca de mãos vazias até conseguir o terceiro e derradeiro exemplar. Levei outros meses esperando em vão o quarto...
Em entrevista ao site HQ Maniacs, Aluir Amâncio conta que foi um projeto pessoal, assinado com a Abril para ser bimestral. Ou seja, em seis meses teríamos três edições.
Ele não se lembra da quantidade exata, mas sabe que vendeu mais que os hits da editora. Quando saiu o primeiro, a Abril mudou a periodicidade para mensal.
Isso custou a continuidade já que ele está sempre envolvido em outros projetos ao mesmo tempo. Ainda teve um problema na mão que o impediu de continuar desenhando na época, e ironicamente, resultou na quantidade originalmente prevista de revistinhas.
[Ouvindo: Gato – Los Fulanos (Feat. Peret)]
Nossa! Acho que é uma raridade, né, Miguel? O traço tem um quê de mangá. Parece muito divertido de ler.
ResponderExcluirBem inusitado encontrar esses famosos dividindo um quadrinho assim.
Igres, eu me encantei com esses quadrinhos. Tipo novelinha ainda por cima.
ResponderExcluirE o cara agora é grande. Trabalha na Warner e tudo!
Meu faro de bom gosto não estava errado. Hehehe
Pensava que apenas eu é quem conhecia e posso tirar uma onda: Eu tenho, Eu tenho. hahahahahahaha
ResponderExcluirEstão guardadinhas junto com toda a minha coleção de revistas daquela época. Ô fase boa...
Hugo, eu tava mentalmente fazendo um retrospecto dessa época. Era bem legal mesmo.
ResponderExcluirSó lamento Andrea, Reporter ter durado tão pouco. O caso dela com o Al ficou pela metade.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUma graça! Achei no Mercado Livre só o número um para vender... Fiquei curioso para ler a história!
ResponderExcluirFilipe, o número 1 deve ser fácil de achar, já que vendeu bem.
ResponderExcluir