Olhaí um caso raro de produto tipicamente norte americano que não decolou no Brasil. Somos tão afeitos a macaquear qualquer coisa (menos as boas) da terra do Tio Sam, mas não engolimos esta espécie de sonho fantasiado para concurso carnavalesco do Hotel Glória.
Embora sua primeira loja tenha sido inaugurada em 1983, pouco depois da chegada do McDonald's, a marca só se tornou popular aqui no alvorecer das apresentadoras infantis loiras, tendo a Angélica nos anúncios. Pulularam franquias por todos os lados nas capitais no começo dos 90.
Sumiu do mapa. O franquiado que não fechou se tornou outra loja chamada Café Donut’s, sem a mesma graça de se comprar caixinha com 6 e levar 8! No site há um mapa com os países onde está presente e não consta Brasil.
E aqui ainda tem aquele mistério da palavra Donut já ser popular e as empresas que dublam séries e filmes ignoram. Seja em Os Simpsons ou filmes policiais, sempre vira “rosquinhas”.
[Ouvindo: Tanto Amar - Chico Buarque]
O mesmo raciocínio vale pras traduções (ou não) de livros de receitas, Miguel.
ResponderExcluirA gente não pode chafurdar nas marcas, a não ser que tenha rolado um jabá. Donuts vira rosquinhas, Maizena vira amido de milho, Bom-Bril vira esponja de aço e por aí vai.
Letícia, Donuts não é a marca.... Eu acho...
ResponderExcluirNão em teoria. Mas lembra Dunkin' Donuts. Tendeu? No mundico editorial a gente foge de associações comerciais como o diabo da cruz.
ResponderExcluirLetícia, mas é ridículo porque rosquinha, junto a outra coisa, não é biscoitinho com furo no meio?
ResponderExcluirIsso. Mas quem subverteu o sentido de donuts foi a Dunkin Donuts.
ResponderExcluirE agora olhei melhor: cookie, por exemplo, a gente usa à vontade. Até o dia em que tungarem a coisa e a gente tenha de substituir por um pobre "biscoito de chocolate". Coisas da indústria editorial...
Letícia, me irrita também aquelas mulherzinhas da TV ensinando madelaines, sendo que em Portugal é típico madalenas.
ResponderExcluirIsso é um problema. Livros de receitas editados por pseudoacadêmicos grafam "madeleines", por causa de Proust.
ResponderExcluirEstou com um aqui em fr sobre chocolate, que é caso flagrante do que você diz. As traduções de termos em português de Portugal nos parecem bizarras, e acabamos preferindo as do francês.
E por vezes nem é nossa culpa: é que livros assim a gente chama de "enfeites pra mesas de centro de madame".
E elas achariam muito mixa grafar tudo em português...
Letícia, na Espanha se chama madalena também. Já notei isso em alguns filmes do Almodóvar.
ResponderExcluirDó desses livros que ficam em mesinha de centro, criando pó.... Só serão abertos em reuniões entediantes.