E quem pensa que subprodutos cinematográficos é coisa recente, olha esse O Ébrio, escrito pela própria Gilda Abreu. Veja o filme leia o livro!
A edição que tenho ta se esfarelando. Tem um nome e uma data escrita na terceira página: Diva Maria Miele – 15 de agosto de 1946.
Não por acaso, o ano do lançamento nos cinemas. Embora o IMDB dê como data de estréia 28 de agosto. Dona Diva deve ter ido no embalo do marketing, ou era fanzoca do Vicente Celestino.
Segundo o site Meu Cinema Brasileiro, O Ébrio no Brasil deu uma surra na bilheteria de Farrapo Humano (The Lost Weekend, 1945). Tanto o filme de Gilda Abreu quanto o de Billy Wilder tratam de alcoolismo.
E só agora me caiu a ficha de que se a música de mesmo nome foi gravada em 37, e a película norte americana (grande vencedora do Oscar daquele ano) é de 45, não deve ser só coincidência o mesmo tema. Não sei se há mais alguma coisa em comum. Só vi, uma vez aqui na internet mesmo, a cena musical tão famosa quanto sofriiiida.
[Ouvindo: I Ain't No Beatle, But I Want To Hold Your Hand – Britain With Beat]
Ah, mas O Ébrio, além de não ter de ler legenda o tempo todo, trata de uma manguaça mais nossa, mais nacional.
ResponderExcluirÉ pinga mesmo, ali, no duro!
E Diva Maria, hein! Danadinha!
ResponderExcluirLetícia, hahahaha! É! Pinguço é cosa nostra!
ResponderExcluirO outro vende até a máquina de escrever, seu ganha pão, pra sustentar o vício.
E não canta nem nada....
Disse um campônio à sua amada: "Minha idolatrada, diga o que quer
ResponderExcluirPor ti vou matar, vou roubar, embora tristezas me causes mulher
Provar quero eu que te quero, venero teus olhos, teu corpo, e teu ser
Mas diga, tua ordem espero, por ti não importa matar ou morrer"
E ela disse ao campônio, a brincar: "Se é verdade tua louca paixão
Parte já e pra mim vá buscar de tua mãe inteiro o coração"
E a correr o campônio partiu, como um raio na estrada sumiu
E sua amada qual louca ficou, a chorar na estrada tombou
Chega à choupana o campônio
Encontra a mãezinha ajoelhada a rezar
Rasga-lhe o peito o demônio
Tombando a velhinha aos pés do altar
Tira do peito sangrando da velha mãezinha o pobre coração
E volta à correr proclamando: "Vitória, vitória, tens minha paixão"
Mas em meio da estrada caiu, e na queda uma perna partiu
E à distância saltou-lhe da mão sobre a terra o pobre coração
Nesse instante uma voz ecoou: "Magoou-se, pobre filho meu?
Vem buscar-me filho, aqui estou, vem buscar-me que ainda sou teu!"
Quando eu era criança tinha um negrão enorme, com um puta vozeirão que ia quase todo domingo no calouros do SS e tentava cantar essa música, mas sempre chorava antes da segunda estrofe. Todo mundo esperava o momento do choro e muitos torciam para que ele conseguisse. Nunca aconteceu.
ResponderExcluirEu vi esse filme, tipo... não recomendo não, hehe.
ResponderExcluirA cópia que a Versátil lançou em DVD está restaurada, vale mais como curiosidade de assistir um grande sucesso do cinema brasileiro do pós-guerra.
Letícia, mais DRAMÁTICO impossível. Isso devia fazer multidões irem às lágrimas. Como o Brasil mudou nesse sentido...
ResponderExcluirCarmen, eu lembro desse cara!
Glauco, imagino que deve ser realmente "triste".
Miguel, mudou nada!
ResponderExcluirAs pissoas só deram um tapa no visu, mas os assuntos lacrimosos são os mesmos... Tá aí a saída do xilindró pro "Dia das Mães" que não me deixa mentir!
Foto linda e charmosa. Adorei! Cadê as minhas, hein?
Letícia, sim, mas a música, cinema, etc, era tudo muito brejeiro...
ResponderExcluirTá, preciso mandar as tuas fotos! =))
Sugestão de título para a refilmagem de 'O Ébrio':
ResponderExcluir'De Bêbado Não Tem Dono'
Refer, aí sim, vai ser triiiiiste...
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