“Quando morre um ser humano como Fellini, não podemos nos refugiar na retórica, porque nenhuma flor de retórica se ajusta a ele. Uma grande quantidade de pessoas vai estudar seus filmes, vai analisá-los e tentar copiá-lo. E talvez algum dia se diga de alguma pessoa: “Seu filme é como um filme de Fellini.” Mas ele poderá ser apenas como um filme de Fellini. É nisso que se reconhecem as coisas realmente boas: não podem ser repetidas.” Billy Wilder
[Ouvindo: Soap Opera – Teddy Lasry]
Que troca carinhosa de dois grandes mestres. Ontem finalmente consegui assistir I Clowns e é impressionante como o Fellini imprimiu uma assinatura em seu trabalho. Em poucos minutos e em qualquer cena é possível identificar - sem contar com os créditos - o autor da obra. Coisas de gênio.
ResponderExcluirGlauco, admiro muito nele, entre outras coisas, lógico, a linearidade das idéias. Não soa como David Lynch (guardando as devidas proporções) que é um monte de "loucuras" sem pé nem cabeça pra dar um efeito estético e cara de artístico.
ResponderExcluirSim, concordo com você, e a questão estética na obra de Fellini é tão importante e tão característica quanto as idéias. Talvez por isso alguns atores recorrentes em seus filmes, como o Mastroianni, a Masina e a própria Ekberg como a bela, opulenta e sensual personagem (viu Bocaccio 70?). Interessante observar que Fellini surgiu na onda do neo-realismo, mas se talvez foi o cineasta que mais se distanciou dentro desta escola cinematográfica italiana.
ResponderExcluirOutra coisa, Lynch não é um cara pra se levar a sério, rsrs.
Glauco, verdade. Ajudam inclusive como forma narrativa. Amo Bocaccio 70 com as tentações do Sr. Antônio! hahaha
ResponderExcluirNão se leva Lynch a sério mesmo. Não mesmo! Humpf!
Bevete piú latte!!!
ResponderExcluirGlauco, a música vinha à minha mente no supermercado toda vez que eu ia pegar o leite na gôndula. Hoje em dia penso em água oxigenada.
ResponderExcluirVou tentar achar isso no you tube. Lembro que uma vez achei.
Já eu nunca vi essa frase com "olhos inocentes". Talvez associo a imagem curvilínea da Anita e outras perversões da minha cabeça, sei lá...
ResponderExcluirGlauco, achei o vídeo no You Tube! http://www.youtube.com/watch?v=KkZe4qG97Ww
ResponderExcluirMiguel, isso é muito bom. Digno de qualquer antologia. Agora, quem foi o gênio que teve a idéia de juntar Romy Schneider, Sophia Loren e Anita Ekberg no mesmo filme? Carlo Ponti?
ResponderExcluirEssas mulheres me matam!
Glauco, não sei, deve ser! Mas é uma delicia. O SBT passava sempre de madrugada antigamente. Não sei como. E eu assistia todas as vezes. Sempre preferi mais o do Fellini.
ResponderExcluirSiiiiiiiiiiiiim, a primeira vez que vi esse filme foi em alguma madrugada do SBT, até pouco tempo eu tinha o VHS com essa gravação. Mas só passavam os episódios do Fellini e do De Sica, os outros só conheci em DVD. Além de estar dublado em inglês.
ResponderExcluirGlauco, meu E La Nave Vá era dublado em inglês... Uma pena! Tua edição de Bocaccio 70 é nacional? Saiu aqui?
ResponderExcluirSim, é nacional editada pela Versátil, com uma qualidade de imagem muito boa, mas zero de extra. Inclusive o episódio do Fellini é maior que o exibido pelo SBT.
ResponderExcluirO seu E La Nave Vá era da videoteca da Folha?
Glauco era, da Videoteca Folha.
ResponderExcluirE DVD da Versátil pode ser zero de extras, mas o preciiiiiinho.... ¬¬
E o meu Amarcord que é edição italiana e vem só com o trailer de bônus? :( Humpf!
Os preços da Versátil são um crime, mas eu sempre fico de olho nas promoções do Submarino e da 2001 Vídeo. Lembro que comprei Boccaccio 70 por um preço bem camarada.
ResponderExcluirO meu Amarcord é da Continental, uma tristeza só...
Glauco, mas a Versátil bate no peito de que os seus DVDs são com copyrigths legais. O meu Querelle tem uma imagem excelente, assim como Teorema.
ResponderExcluirE falando nisso em copyrights corretos, você lembrou da Continental... Hehehehe
Além de suspeitos, os discos dela são com matéria prima tosquissima. Capa parece xerox colorido, estojinho plástico igual ao dos camelôs e o preço é absuuuuurdo!!!!
Nos idos do VHS a Continental já era careira.
Mesmo sendo copyrights legais, acho que poderiam comercializar com preços menores (se bem que não conheço a cadeia produtiva do ramo). Já a Continental de fato é careira de priscas eras e como você descreveu, com um acabamento péssimo em todos os quesitos. Mas tem muito filme bom que só ela colocou no mercado brasileiro, fazer o que?
ResponderExcluirSe eu pudesse, teria uma empresa do ramo só para lançar os filmes mais loucos e obscuros no mercado, ai, ai...
Vou dormir meu bom, boa noite!!!
Glauco, eles alegam a tiragem limitada, blablabla...
ResponderExcluirMas tem aquela Opus, que começou bacaninha, foi elogiada pela mídia, se empolgou e colocou seus valores nas alturas :(
Boa noite.