Várias lendas envolvem filmes memoráveis como Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany’s, 1962). A principal delas talvez seja a de que Truman Capote escreveu o livro já pensando na adaptação cinematográfica para a amiga Marilyn Monroe interpretar algum dia. O produtor confirma a possibilidade na faixa de comentários do DVD.
Há outra! Dizem que Audrey Hepburn por um triz recusou o papel por não se interessar em interpretar a tolinha garota de programa Holly Golightly. É impossível imaginar o que teria acontecido sem ela. Seria certamente outro filme.
Da direção competente de Blake Edwards, os absurdos figurinos de Givanchi à imortal trilha sonora especialmente composta por Henry Mancini, tudo ajuda a perpetuá-lo como a película definitiva sobre pessoas perdidas disfarçada de romance mela cueca.
Lançada na época em LP pela RCA Victor, a trilha sonora vai além do hit Moon River. Mantém-se moderna até na arte da capa glamurosamente 60’s. Na contracapa há um mimo impresso, o bilhete escrito por Audrey ao compositor:
“Querido Henry,
Acabo de assistir ao nosso filme – BREAKFAST AT TIFFANY’S – que recebeu a sua partitura, desta vez.
Um filme sem música se assemelha um pouco a um avião sem combustível. Por mais bem feito que seja o trabalho, continuamos no solo, num mundo real. A sua música nos fez levantar vôo. Tudo que não conseguimos dizer através das palavras ou gestos, você expressou por nós. Você fez isso com estupenda imaginação e beleza.
Você é o maior dos músicos – e o compositor da mais fina sensibilidade!
É... Não era bolinho ser filha da empregada da Lana Turner em Imitação da Vida (Imitation of Life, 1958).
[Ouvindo: Sweet Baby – Macy Gray]
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Divine matando um leão por dia
Clique na imagem e assista Divine se dedicando ao trottoir, assaltando, dançando desnuda para velhos senhores e até servindo cafezinho! Enfim, o que uma garota não faz pra sobreviver?
[Ouvindo: Love is all – Malcolm Roberts]
Tá bonita!
Até dá pra passar essa tatuagem tribal démodé e apagada perto do resultado da make-up! Ou a maquiadora tava num péssimo dia, ou Pamela Anderson andou arranjando encrenca até com ela...
Pura lógica! Se você trabalha na imprensa, nunca, jamais arrume briga com o povo da gráfica! Coisas estranhas podem acontecer no resultado final de seu trabalho. Se você trabalha no show business jamais arranje problemas com maquiadores, cabeleireiros...
Pamela deveria saber disso de cor e salteado antes de sair de casa.
[Ouvindo: The Masks/The Hobby Horse – Paul Giovanni]
Pensava que o ator pornô Kid Bengala tivesse tido seu talento reconhecido apenas na maturidade. Que fosse um aposentado pacato que mudou de vida radicalmente ao revelar pro mundo seu dom natural: Um pênis de 29 centímetros (!!!), dois a mais do que o do lendário norte americano John Holmes.
Ledo engano! Dando uma googlada descobre-se que ele tem só 54 anos de idade e já está no ramo dos filmes adultos há 27! Um veterano da sacanagem.
Contratado pela Brasileirinhas, aquela produtora que rivaliza com a Metro, que por sua vez rivalizava com os céus em número de estrelas, tem planos ambiciosos de arrombar a festa! Atualmente gasta energias na campanha eleitoral disputando vaga pra vereador em São Paulo pelo PPS, partido da Soninha!!! É sério! Olha o site da candidatura aqui (link off).
Num mundo hipotético, se fizesse na câmara o estrago que faz na frente das câmeras...
A primeira versão de Mulheres de Areia foi exibida com muito sucesso pela Tupi em 1973 com Eva Wilma interpretando Ruth e Raquel. E Nem precisa pensar muito nesta foto pra saber quem é a gêmea gente fina e qual é a da pá virada!
O remake da Globo em 1993 conseguiu o mesmo resultado de ibope com Glória Pires tendo vida dupla. O curioso é que seu argumento foi descaradamente chupado por Ivani Ribeiro de Uma Vida Roubada (A Stolen Life, 1946) com Bette Davis.
Quando eu digo chupado, é chupado mesmo! Até a reviravolta na história, quando a boa sobrevive ao naufrágio e fica com a aliança da irmã morta, assumindo seu lugar (inclusive marido) é idêntico. O principal mérito de Ivani talvez seja o de esticar 103 minutos em cento e tralalá capítulos.
Era prática comum entre autores de novelas a "inspiração" em clássicos hollywoodianos. Muito de Selva de Pedra (1972 e 1986) Janete Clair pegou “emprestado” de Um Lugar ao Sol (A Place in the Sun, 1951) de George Stevens, e Ivani (de novo) Sabrina(1954) de Billy Wilder para Anjo Mau (1976 e 1997). Ambas, não por acaso, tão bem sucedidas que também mereceram atualizações 20 anos depois.
Na TV algo se cria?
[Ouvindo: Je N'aime Que Toi (Ludivine Sagnier, Louis Garrel & Clotilde Hesme) – Alex Beaupain]