A Maldição de Frankenstein mais assustador

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Tenho cá pra mim que o conceito de “raridade” depois da internet ficou bem mais elástico. Porém, às vezes ainda surge algo muito pouco visto, como por exemplo, a cópia em 8mm de A Maldição de Frankenstein (The Curse of Frankenstein, 1957 de Terence Fisher) que você assiste abaixo.

Sei bem que o player de vídeo do Facebook é bem ruim para ser assistido fora da rede social, mas não há outro jeito! E sim, os 8’20’’ é ele na integra, reeditado para a bitola de 8mm, projetores caseiros, o bisavô dos atuais blu-rays.

E preto e branco, mudo e resolução ruim, é inegável que o filme parece muito mais antigo e ficou bem mais sombrio. O que é bem irônico já que as produções da Hammer Films ficaram muito conhecidas exatamente por apresentar os velhos clássicos góticos em cores.
O áudio que escutamos aí vem de um disco que acompanhava o filme. Era preciso sincronizar o projetor e o disco para assistir com som.

Mais tarde, projetores 8mm e Super 8 sonoros e coloridos começaram a ficar populares, mas até 1965, data desta edição, os modelos mais simples estavam a todo vapor nos lares de cinéfilos que queriam (e podiam) rever a emoção dos cinemas em casa. Mesmo em versões tão resumidas do filme.

Esta montagem do primeiro longa de Frankenstein da Hammer  supre quase todos os diálogos (exceto duas linhas do velhinho cego), podia ser assistida até sem o acompanhamento do disco. Ele ainda se concentra apenas no grande flashback, suprindo o começo, com o Frankenstein (Peter Cushing) na cadeia relembrando como chegou ali e o final do mesmo, rumo à guilhotina.

Em 1965 a Maldição de Frankenstein já tinha 8 anos e a saga já contava com três filmes, sendo O Monstro de Frankenstein (The Evil of Frankenstein, 1964 de Freddie Francis) o mais recente. Até 1974 haveriam outros quatro títulos, isso se incluirmos  na conta O Horror de Frankenstein (The Horror of Frankenstein, 1970 de Jimmy Sangster), espécie de remake ou reboot, onde Peter Cushing foi substituído pelo ator Ralph Bates, bem mais jovem.


Falei algumas outras vezes a respeito de filmes Super 8 aqui no blog. Algumas dessas edições possuem diferenças com a montagem exibida nos cinemas, como aconteceu com Psicose (Psycho, 1961 de Alfred Hitchcock) e Tubarão (Jaws, 1975 de Steven Spielberg), mas não observei nada a mais entre o filme de Terence Fisher e esta montagem.

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