Pode haver mais coisas em comum entre Leatherface e Drácula do que imaginamos

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O blogueiro Jorge Bertran  (do Las Novias de Gwangi) assistiu a uma palestra com o diretor Tobe Hooper em Madri e saiu cheio de ideias fervilhantes. Entre elas a estreita relação ente O Masscare da Serra Elétrica (The Texas Chain Saw Massacre, 1974 de Tobe Hooper) e Drácula, O Príncipe das Trevas (Dracula: Prince of Darkness, 1966 de Terence Fisher).

Hooper, que faleceu em agosto, disse que no começo de sua trajetória foi fortemente influenciado pelos filmes da produtora britânica Hammer. Tal afirmação a principio causa estranheza porque ele era de extrema crueza, enquanto as produções da Hammer primavam pela elegância.

Se pensarmos um pouco, conforme Bertan apontou, não é bem assim. Tanto “O Massacre..” e o Drácula de 1966 (o segundo com Christopher Lee) tem muitos elementos referentes, provavelmente involuntários.
A começar pelo mote principal: Grupo de burgueses adentra a floresta inadvertidamente indo ao encontro do mal. O mal que existe ali espera presas chegarem até ele e receberá dois casais em ambos os filmes, por uma carruagem e uma van.

No da década de 70 há um casarão aos pedaços que pode ser um contraponto ao castelo da década de 60, embora o castelo tem uma aparência mil vezes melhor, mesmo sem deixar de ser assustador de forma igual.
Leatherface é tão herdeiro de Drácula, os vilões principais, que os dois não possuem qualquer linha de texto. São gigantes do medo, que antes de agir, assustam pela altura e o ódio primitivo.

Outro detalhe a se notar são as sequencias mais chocantes nos dois filmes: Os mortos pendurados em ganchos! No de Hooper, evidente, é mais explicito e brutal, mas o de Fisher também deve ter deixado a plateia assombrada quase dez anos antes.
Nos dois jeitos a intenção era recolher o sangue das vítimas. Em Drácula o motivo fica mais claro, reviver o conde que havia virado pó no último filme.
Coincidências ou inspirações, a produção de 1966 assim como de 1974 foram marcos cada qual à sua maneira de um gênero que sempre se renova. Elegante ou deliciosamente grotesco.

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