Morte imita a arte: Coincidência em As Diabólicas

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A atriz Véra Clouzot é daquelas celebridades que tiveram sua morte mais noticiada do que sua carreira em si.  Seu trabalho mais lembrado, claro, é As Diabólicas (Les Diaboliques, 1955) em que atuou sob direção do marido de Henri-Georges Clouzot.

Carioca, nascida Véra Gibson-Amado, mudou-se para a França assim que acabou a Segunda Grande Guerra, quando tinha 31 anos de idade. Ela casou pela primeira vez com o franco ator Léo Lapara, que conheceu durante uma turnê dele pelo Rio de Janeiro.

Prima do escritor Jorge Amado e filha do jornalista e político Gilberto Amado, tinha apenas dois anos quando seu  pai se envolveu num escândalo nacional. Após a cerimônia de inauguração da “Sociedade Brasileira dos Homens de Letras”, Gilberto discutiu com o escritor Aníbal Teófilo que não concordava com algumas de suas críticas, acabando por assassiná-lo.
A carreira de atriz só começaria ao casar com Henri-Georges Clouzot, parceria iniciada quando ela era sua assistente. Ao todo participou de apenas três filmes, todos dirigidos pelo marido.

O nome de Véra Clouzot passaria a ser conhecido em todo mundo por As Diabólicas, suspense considerado uma obra prima, que protagonizou ao lado de Simone Signoret. Precocemente ela faleceu em 1960, aos 46 anos de idade.
A imprensa mundial imediatamente colocou spot em sua morte ao descobrir que ela sofreu um ataque cardíaco. Tal e qual a frágil diretora do colégio que interpretou em As Diabólicas cinco anos antes. A coincidência

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