Para John Waters haverá até Hairspray no Espaço!

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 Sem filmar desde 2004, o diretor John Waters se declarou feliz com os frutos que Hairspray, seu filme de 1988, colhe na atualidade. Desde que se tornou musical no teatro adaptado no mundo todo, virando um novo filme em 2007 e agora, no final do ano passado, "Hairspray Live", versão ao vivo na TV.

Em entrevista a um telejornal da NBC Washington se declarou emocionado com esta adaptação televisiva de seu roteiro. Isso deixando claro que tem cada vez menos participação com esses projetos, muitas vezes apenas conhece algumas pessoas do elenco.
Waters se disse surpreso com o interesse que Hairspray tomou nesses quase trinta anos.  Brincando declarou esperar uma versão scifi do tipo Hairspray no Espaço e que uma vez, ao ser entrevistado falou (zoando!) na possibilidade de um Hairspray on Ice e no dia seguinte produtores lhe ligaram propondo isso.

O que provavelmente acontecerá mesmo é uma série. A HBO pagou por um especial e uma série, que ainda não aconteceu, mas se esta “versão ao vivo der audiência, quem sabe?”.

Mas as ideias não param por aí. Ele quer que a versão final seja “Hairspray Naked” com todo o elenco nu, cantando pra cá e pra lá! Seria uma excelente adaptação.
Rick Lake e Divine em Hairspray - E Éramos Todos Jovens (1988)
Nikki Blonsky e John Travoltaem Hairspray: Em Busca da Fama (2007 de Adam Shankman)
 Maddie Baillio e Harvey Fierstein em Hairspray Live! (2016 de Kenny Leon e Alex Rudzinski)
Com 70 anos de idade, sem dirigir nada desde O Clube dos Pervertidos (A Dirty Shame, 2004), o diretor prometeu no final de 2015 que voltaria a ativa. Até agora não há nada além de lermos o nome dele associado a remontagens de Hairspray ou a participações eséciais em filmes como Alvin e Os Esquilos 4.

Tem um ponto em Hairspray que parece escapar a muitos dos seus fãs radicais (que lhe deram apelidos como Rei do Vômito, Papa do Mau Gosto entre outros). Além de o dinheiro ser bem bom de todas essas adaptações, John Waters considera este filme de 1988 o seu único filme pernicioso, o mais eficaz entre todos.
Explicou que filmes como Pink Flamingos (1972) pregam para convertidos, para um público que já concorda com aquelas ideias. Já Hairspray, cuja versão musical agora é remontada todo fim de ano em escolas públicas de ensino médio da América leva a pessoas comuns discussões sobre racismo, travestismo, casais inter-raciais, luta de classes entre outros temas ainda “delicados”.


Trocando em miúdos: Não adianta nada tentar explorar temas socialmente relevantes em produções que apenas meia dúzia vai assistir apenas para concordar com aquilo. Para Waters, “Hairspray é um cavalo de Tróia: Ele sorrateiramente entrou no centro da América e nunca foi pego”.

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