Kim Basinger às voltas com altas confusões

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Entre os anos 80 e 90 o céu parecia ser o limite para Kim Basinger. Isso após vários sucessos consecutivos no cinema como o picante (e brega!)  9/2 Semanas de Amor (Nine 1/2 Weeks, 1986 de Adrian Lyne) e mais precisamente Batman (1989 de Tim Burton), sua maior bilheteria.

A ex modelo havia acumulado tanto dinheiro  que parentes lhe sugeriram comprar uma pequena cidade (inteira!) do Estado da Geórgia. A ideia megalomaníaca e estranha, mas o que Basinger pretendia fazer no local é mais estranha ainda.
Beatles em seu auge acreditavam ser maiores que Jesus, Kim Basinger acreditava ser, se não maior, pau a pau com o Mickey Mouse! Ela tinha planos de construir no local um parque temático sobre si mesma.

Ela era famosíssima, querida e uma unanimidade entre crianças e adultos? Não, não era! Era bastante famosa sim, mas nada que futuramente pudesse nos fazer pensar: “-Meu deus! Tenho que ir na Kimlândia!”.

Foi nessa época que se aproximou do empresário Mauricio de Sousa, para ele desenvolver em sociedade um personagem baseado na atriz. O brasileiro recebeu a norte americana pelo menos uma vez em sua chácara em Caçapava (SP) conforme narrou nesta crônica e chegou a criar o desenho.
Kim pelo traço de Maurício de Sousa e com o próprio artista T. da Monica
Só que no meio do caminho tinha uma caixa com certa Helena dentro (e não era daquelas do Manuel Carlos). A atriz disse (sim, verbalmente) a Jennifer Lynch, filha do diretor David Lynch que protagonizaria sua estreia como diretora, Encaixotando Helena (Boxing Helena, 1993), mas desistiu.

Quando saiu, o filme rendeu muitas críticas negativas e constrangimento a quem se prontificou a assistir. Involuntariamente cômico, embora tenha recebido bastante visibilidade pela diretora ser filha de quem é, além da protagonista ser a então queridinha Sherilyn Fenn da série Twin Peaks, era consenso de que não ouviríamos falar nessa aberração cinematográfica tão cedo.
Engano! A diretora processou Kim Basinger por ter dito que faria o filme. O juiz entendeu que foi quebra de contrato, mesmo sendo verbalmente, lhe obrigando a pagar à produção US $ 8,1 milhões (valor não corrigido).

Basinger foi obrigada a decretar falência e recorreu da sentença. Num acordo, ficou decretado que ela pagasse US $ 3,8 milhões (também em valores da época), o que ainda assim, lhe obrigou a se desfazer de muitos bens e sonhos.

 E no meio desse furdunço todo ela arranjou tempo para o romance! Casou com o galã Alec Baldwin, num affair que extrapolou as telas para  um casamento na vida real, mas que acabou com um escândalo público daqueles!
ET
Para alegria de tabloides e revistas de mexericos sobraram especulações sobre violência doméstica que a loura estaria sofrendo, além de suposto alcoolismo dele. Da união nasceu a modelo e atriz Ireland Baldwin, o que pode explicar o porquê da separação deles só ter acontecido no começo de 2002.

Neste ano (2016) ela se referiu ao antigo casamento tóxico com certa ironia: "Não é engraçado que eu tenha recusado Dormindo com o Inimigo e então ter passado a dormir com o inimigo?". Basinger havia recusado o papel em Dormindo com o Inimigo (Sleeping with the Enemy, 1991 de Joseph Ruben), que acabou  estralado por Julia Roberts, para fazer Uma Loira em Minha Vida (The Marrying Man, 1991 de Jerry Rees), onde conheceu Baldwin.

Quanto ao desejo de virar cartoon pode realizar duas vezes. No filme Mundo Proibido (Cool Word, 1993 de Ralph Bakshi) e no 208º episódio (10ª temporada/,1998) de Os Simpsons ao lado do então marido. 

E diante de tantos pesadelos o Oscar de atriz coadjuvante por Los Angeles: Cidade Proibida (L.A. Confidential, 1997 de Curtis Hanson) teve sabor de pequeno bálsamo, ovacionada pelos colegas. Ela estava sem filmar há dois anos e nem o premio da academia ajudou a trazer a carreira como era ali, entre os anos 80 e 90 .

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