No seu tempo áureo, as novelas de Silvio de Abreu eram uma delícia de referências a clássicos hollywoodianas. Colchas de retalhos em características de personagens e situações que a gente ia tentando identificar de onde eram.
Em Guerra dos Sexos de 1984, por exemplo, o desfecho das personagens de Maitê Proença e Maria Zilda foi num cruzeiro cheio de rapazes de sunga, referencia obvia a Os Homens Preferem as Loiras (Gentlemen Prefer Blondes, 1953 de Howard Hawks). Relembre clicando aqui.
Sua minissérie Boca do Lixo (1990) é quase uma releitura de Pacto de Sangue (Double Indemnity, 1944 de Billy Wilder) em sua espinha. Contando até com os mesmos artifícios cênicos.
Teve o vilão Renato de Rainha da Sucata (1990) que enlouquecido explodia no alto de um depósito de combustível tal e qual James Cagney em Fúria Sanguinária (White Heat, 1949 de Raoul Walsh). E poderíamos ficar longas horas enumerando outras referências.
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| "Mamãe! Estou no topo do mundo!" |
Nos últimos trabalhos assinados pelo autor isso foi minguando.
De qualquer forma cinema clássico não é mais popular
quanto era antes, quando tínhamos esses filmes até na Sessão da Tarde.
Já as telenovelas... Público cada vez mais mimado com o controle remoto em punho, disposto a trocar de canal no primeiro vislumbramento de algo que ele não entenda.
Veja também:
Apenas duas garotinhas da RochinhaQuando a falha é de propósito
Boca do Lixo de Silvio de Abreu
Una trama muy peligrosa
Três músicas para Laurinha
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