A Hora do Espanto 2 ou os bons tempos vampíricos estão de volta?

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  E não é que A Hora do Espanto 2 (Fright Night 2 – New Blood, 2013 de Eduardo Rodriguez) supera com folga as expectativas? Mas não se engane, não se trata de um remake do filme de 1989.

Nem tão pouco parece ser sequência da produção de 2011. A única ligação é um personagem chamado Peter Vincent que apresenta um programa de TV, no caso um daqueles realitys que tentam descobrir monstros de verdade em lugares supostamente assombrados.

Mas ele não é mais interpretado pelo “Doctor Who” David Tennant. Ninguém do elenco anterior sobrou, afinal, a trama anterior não interessa mais em nada, não é como o homônimo, uma história de revanche em que uma vampira aparece pra vingar o irmão morto.

 É quase (não se assuste com a comparação) uma reimaginação do filme de 1985. Só que tendo uma mulher como vampiro principal e transcorrendo na Romênia, onde jovens viajam para estudar, não num subúrbio norte-americano.

Estão lá os adolescentes onde o amigo mais bobinho entrará logo na mira da vampira, a mocinha virginal que interessará também à vilã, o apresentador trapaceiro que aprenderá uma lição etc. E chega mesmo a ser mais interessante do que o filme de 2011, estrelado pelo Colin Farrell!

Como é uma produção feita diretamente para o home vídeo, a cinematografia, horror e violência gráfica supera o antecessor! Menor orçamento mais ousadia? Neste caso a classificação “R” não representa um risco.

A atriz principal é Jaime Murray, que conhecemos bem por incontáveis papeis de vilã (muitas vezes com toques de lesbianismo) em séries como Dexter, Ringer e Spartacus. Sua vampira cita e tem vários elementos da Condessa Elizabeth Bathory.

Personagem histórico feminino que equivale ao Vlad de Tepes, O Empalador, que inspirou a criação de Drácula de Bram Stoker. Ela também foi retratado em muitos outros filmes, sendo o principal A Condessa Drácula (Countess Dracula, 1971 de Peter Sasdy) da Hammer.

A Hora do Espanto 2 chega a mostrar uma espécie de curta animado recontando a trajetória macabra de Bathory, a nobre que descobriu rejuvenescer se banhando no sangue de donzelas. Sem medo de abraçar a fantasia e mistura-la com o sobrenatural.

Entre os bons momentos de uma trama que respeita os conceitos clássicos dos vampiros estão um acidente rodoviário, uma perseguição do ponto de vista de um morcego (com direito a radar natural no escuro e tudo) e um cataclísmico batismo de sangue. Literal!

O que mais estraga (e afastará muita gente) é justo seu título, que o força a participar de uma franquia, embora ele tenha força própria. Candidato a cult quando for exibido na TV.

Veja também:
Jaime Murray: Vocação pra ordinária
Velho e o novo A Hora do Espanto

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3Comentários

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  1. Vou procurar depois só pela sua dica, Miguel. Não tava interessado nessa sequência. E gosto muito da Jayme Murray, nem sabia que ela tava envolvida.

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  2. Rubens, assista! Um filme de vampiro divertidão. Muito diferente de um monte de coisas que temos assistido ultimamente.

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  3. Esse filme foi MUITO ruim. Nem é uma seqüência de verdade, deviam chamar de "Hora do Espanto 1 - o segundo reboot consecutivo".

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