King Kong 2: Ele está com a macaca!

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Se King Kong 2 / A Volta de King Kong (King Kong Lives, 1986 de John Guillermin) não aparecer em qualquer lista das maiores ideias de jerico cinematográficas, é porque este mundo é muito injusto mesmo. Obscuro, tinha vaga lembrança da sua existência.

Lembrava do SBT o anunciando junto a Superman 4 e tantas outras bombas que ele adquiriu na alavancada 80’s da emissora, pra competir com da Globo. Aliás, o King Kong e (1976) foi exibido com alarde na concorrência em 1986.

A ideia é tão bizonha que causa estranhamento logo de cara, nos créditos iniciais, os nomes do produtor De Laurentiis e do diretor John Guillermin, os mesmos do filme dos anos 70. Não é uma picaretagem qualquer, é uma picaretagem oficial!

O roteiro começa exatamente de onde acabou o anterior, inclusive com cenas dele onde aparecem os astros Jessica Lange e Jeff Bridges. Macacão é baleado, cai das Torres Gêmeas, corte, volta ao presente!

Ele está em coma, necessitando de uma transfusão de sangue para que o coração artificial possa ser usado. Sim! Todos nós, criancinhas que viam a Sessão da Tarde, choramos à toa.

Kong está mais pra cá o que pra lá, mas há chances de sobreviver. Ele está aos cuidados de Linda "Terminator" Hamilton, doutora competente (com a escova do cabelo em dia), que por sorte, tem contato com um explorador que conhece uma macaca super desenvolvida em matas selvagens sabe deus onde (eles falam, mas é tanto absurdo que não guardei o nome).

Hilário quando o novo macacão se estufa bem diante da câmera, revelando proeminentes ~ peitinhos ~. Para que não haja dúvidas de que se trata de uma fêmea, claro.

E mesmo depois de toda a merda que acontece no final do primeiro filme, eles levam essa macaca pra civilização! E mesmo depois de toda a merda que acontece no final do primeiro filme o exercito investirá pesado contra o casal Kong.

Com o agravante da fortuna que custou a operação pra salvar o astro principal ser jogada no lixo pelas maldades do exército. Mas não dá pra esperar lógica nenhuma em nada!

O grotesco embalado por uma sucessão de obviedades, como o romance entre os gigantes, assim como o da Doutora com o explorador loirinho e descolado. Os quatro (cada qual com o parceiro de sua espécie, of course) arranjam tempo pra transar, mesmo sabendo que os soldados estão na caça, por exemplo.

Listar poucos momentos estramboticamente incríveis é tarefa árdua. King Kong come um caçador (herbívoro/ carnívoro?) e depois limpa os dentes, retirando de lá o boné do cara, transito de veículos louco dentro de um depósito, humanismo exagerado entre os animais, etc.


Se você amava a música “King Kong e o Seu King Konguinho”, sucesso dos palhaços Atchin & Espirro, vai ficar completamente satisfeito com o previsível final. Acho que isso nem pode ser considerado um spoiler...

[Ouvindo: Mini Skirt – Orchester Lou Castell]

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2Comentários

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  1. JESUS! Revi dias desses o filme de 1976 e me lembrei dessa tralha! Se fosse uma picaretagem italiana estilo "O Último Tubarão" era compreensível, mas era oficial o negócio. MEU DEUS!

    O roteirista do filme de 76 era o Lorenzo Semple Jr. que roteirizou também o seriado do Batman de 66. Isso explica muita coisa...

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  2. elemesmo, EXATO! Pensei que fosse uma coisa tipo esta: http://cidadaoquem.blogspot.com.br/2012/11/o-macaco-ta-errado-erradissimo.html

    Mas é oficial e absurdamente trash!

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