Imitação da arte: Calvário da filha de uma estrela

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Entre as memórias mais dolorosas da infância de Cheryl Crane, filha da Lana Turner, está o período em que foi molestada pelo padrasto Lex Barker. Citei esse Tarzan aqui no blog não faz muito tempo, relembre aqui.

Quarto marido de Turner, no período (1953 a 1957) ele vivia seu auge profissional, ao contrário da atriz em declino. Segundo Cheryl, os abusos duraram todo o período do casamento, quando estava com cerca de 10 anos de idade.

No documentário produzido pelo TCM em 2001 alega que sua mãe nada sabia e que quando tomou conhecimento o expulsou de casa. A história só veio a público em 1988 quando Crane publicou suas memórias em livro.

A parte irônica dessa tragédia é que para amigos e pessoas próximas ao casal o relacionamento estava fadado ao fracasso. Turner (famosa namoradeira) gostava de beber, fumar, frequentadora de night clubs como o lendário Ell Morocco...

Barker era de uma família refinada, avesso a badalações, não bebia e não fumava... Publicamente a pessoa mais correta que se poderia imaginar para padrasto de seus filhos.

Adolescente, um ano depois que o Tarzan 50’s saiu de casa, viveria uma das mais trágicas historias de Hollywood ao (conforme foi provado em tribunal) assassinar a facadas o mafioso Johnny Stompanato, atual caso de sua mãe. Leia mais detalhes a respeito no post O Crime que abalou Hollywood.

Especulou-se (e imagina-se o quanto um crime desses deve ter repercutido na época) que a estrela teria matado o amante ao descobrir que ele estava tendo um caso com a filha. A garota levou a culpa para que a estrela não fosse sentenciada à pena de morte.

Crane passou um período detida numa casa de reabilitação para delinquentes. Ao sair, ficou sob tutela da avó e Lana Turner (ao contrario do que se esperava) ganhou novo fôlego na carreira, fazendo um punhadinho de filmes como mãe de filhos problemáticos.

Veja também:
Celebridades entre a cruz e a caldeirinha
O Crime que abalou Hollywood
Star 80: A coelhinha assassinada


[Ouvindo: Bigorrilho – Jorge Veiga]

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6Comentários

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  1. Toda mulher diz que foi abusada pelo padrasto, ainda mais se é uma sub-celebridade e escreve um livro. Abusos na infância desse tipo são geralmente lembranças falsas, freudianas. E tenho dito.

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  2. Refer, com dez anos? Não sei não...

    E faz sentido com o que aconteceu depois. Aliás, até se encaixa com os tititis na época do crime posterior.

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  3. Pode ser que sim, né?

    Boa vantagem dos dias de hoje, em que qualquer coisa dessas vai logo parar na polícia e na mídia, sem maiores pudores quanto à imagem de quem quer que seja.

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  4. Letícia, e ele já estava mortinho faz tempo. O que me atraiu na história é o fato de que o cara (belíssimo) se gabar do sangue azul, não fumar, não beber, e na surdina, quando ninguém está vendo, se transforma num monstro!

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  5. O mais normal do ser humano é... voilà!: a normalidade!

    Quem vai muito para um lado vai com a mesma facilidade para outro. Isso vale tanto para os "sem máculas" como para a moçoila aí, que, ao que diz, começou abusada e depois foi fundo na fantasia.

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  6. Letícia, sim, tem razão. Mas no principal bafão, ela confirma a versão de que foi ela mesmo, não a mãe.

    Então, merece certo crédito, perto de tantas filhas de famosas que depois fizeram livros descendo a ripa.

    E no seu caso seria até justificável. Ao contrário, preserva a memória da Lana Turner.

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