Psicose erótica!

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Heresia mesmo é Psicose 1, 2, 3, 4, etc. Versão pornô de Psicose é só brincandeira... Como não querer assistir o que pode ser feito em X-Rated com o mais popular filme de Alfred Hitchcock?

Rodado em 2010 (quando Psycho comemorou 50 anos), Official Psycho Parody (de Gary Dean Orona) pode surpreender quem espera uma avacalhação qualquer. A começar porque segue o roteiro original até certo ponto.

Outra, que eu já tinha percebido em algumas produções recentes do sexo explicito é que com o avanço tecnológico, o gênero está, no bom sentido, regredindo ás origens. Quando cineastas de fundo de quintal tentavam fazer cinema normal, mas com cenas de sexo.

Isso tinha sido perdido no começo da década de 80 quando o podre VHS substitui a película nessas produções. Agora é possível de novo tomar cuidado com fotografia, por exemplo.

Dá pra encarar essas paródias cada vez mais comuns e igualmente caprichadas, como exercícios de algo futuro. Às vezes demora até para que aparece algum casal transando.

Poderíamos esperar que Psicose pornô começaria com Marion Crane e o namorado fazendo sexo num hotelzinho de quinta no Arizona. Não! Começa como no de 1960, com os dois conversando na cama pós-coito.

Aquilo naquilo mesmo só rola quase 30 minutos depois, com a colega saliente dela atendendo o patrão e o cliente que foi confiar não sei quantos mil dólares para Crane depositar no banco. Que como se sabe, picará a mula com a posse da bufunfa.

Entre o que não está nada correto (além da peruquinha 25 de Março da atriz) o roteiro tropeça num detalhe crucial da psicose humana. Crane faz sexo com Norman Bates!

Como fizerem sexo, toda a cena do chuveiro vai pras cucuias. A tensão sexual se esvai antes do grande climax, sem trocadilhos.

A partir do chuveiro a historia também deixa de se levar tão a sério. O desfecho é distinto do original, quem sabe pensando numa continuação.

Além disso, sabe o que desagradaria bastante o bem humorado Hitchcock em Official Psycho Parody? A caretice!

Com toda liberdade de 2011, nada, absolutamente nada além do corriqueiro. Bububu no bobobó do mais banal e enfadonho.

A película 60’s é anos luz mais ousada em termos de perversões e sugestões. Ok que é para um público hétero, mas é sobretudo sátira de um filme de terror com o mais famoso crossdresser da história do cinema.

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