American Horror Story: O estranho mundo do Tio Sam

16
Bastaram os até agora quatro episódios absurdos de American Horror Story para ver que a coisa é fina. Produzido pelos criadores de Glee e Nip/Tuck, ele transpira a Alan Ball.

O tema macabro, estrutura dos capítulos, a presença da estupenda atriz Frances Conroy e o cenário principal remontam a inesquecível A Sete Palmos (Six Feet Under). Melhor! O horror mesmo reside no american way forçado da família, tal e qual Beleza Americana (American Beauty, 1999 de Sam Mendes).

Casal com filha adolescente, aparentemente normal, muda-se para um casarão habitado até o talo por seres fantasmagóricos. Tão terríveis quanto os segredos guardados por aquelas paredes (mortes e mais mortes por décadas) é a vida forçadamente perfeita que eles teimam em viver.

Comem produtos orgânicos para poder arrotar policiamento correto. O cadáver mais assustador é aquele casamento se esgueirando em mentiras que se sobrepõem.

Enquanto os mortos dão nomes aos bois, eles estão presos a procurar palavras ideias pra definir coisas. Vidinha dos diabos, literalmente!

No elenco Jessica Lange (Diva, diva, diva!) como a vizinha estranha, que ama a filha com síndrome de down, mas a chama de mongolóide. Fumando como chaminé, direito que poucos se permitem hoje. Será um fantasma? Sem spoiler...

Bebendo da vasta cinematografia envolvendo casas mal assombradas, leva a vantagem de transpormos facilmente o seu medo para a realidade. No meio da noite ouvir um arranhar na porta sobressalta qualquer um.

American Horror Story caminha muito bem entre trevas. A não perder nenhum episódio.

[Ouvindo: Cambalacho – Walter Queiróz]

Postar um comentário

16Comentários

Antes de comentar, por favor, tenha consciência de que este espaço é disponibilizado para a sua livre opinião sobre o post que você deve ter lido antes.

Opiniões de terceiros não representam necessariamente a do proprietário do blog. Reserva-se o direito de excluir comentários ofensivos, preconceituosos, caluniosos ou publicitários.

  1. Só assisti o primeiro episódio, Miguel... Mas, claro, continuarei assistindo! Horror é comigo mesmo! Bom saber que você gostou. É bom saber de quem entende do assunto!

    ResponderExcluir
  2. Lala, entendo de gato, cachorro e consecutivamente de pulgas.

    Mas os capítulos vão ficando muito interessantes. Personagens ricos...

    Episódios que fazem a gente ficar pensando quando acabam.

    ResponderExcluir
  3. Que coincidência!

    Baixei o primeiro episódio agorinha mesmo!

    Já tinham me indicado essa série um tempo atrás, mas quando eu vi no IMDB que tinha alguma relação com glee, corri na hora. Com tanto filme interessante que eu gostaria de ver, normalmente evito series.

    Mas ontem vi algumas imagens e fiquei encantado, morrendo de vontade de conferir.

    P.S: Não tem relação com este post, mas você já viu essa tirinha do Laerte:

    http://manualdominotauro.blogspot.com/2011/09/laertevisao-03-09-11.html

    Lembrei de algumas coisas que você disse no blog.

    ResponderExcluir
  4. Plaza, eu quase fugi, exatamente pq tinham alguma relação com Glee. rs

    Ótima tirinha! tinha visto alguma parecida no jornal.

    Laerte é gigante!

    ResponderExcluir
  5. Tb adoro! Ver jessica maltratando a filha retardada é muito engraçado! A atriz é ótima!

    A filha é uma blossom 20 anos depois e não tão feia.

    Só os protagonistas que são fracos, ele pelo menos é gostoso! ela uma chata!!!

    O casal gay é tudo!!

    espero que dure! pois tentei ver ringer e prefiro mulheres de areia.

    ResponderExcluir
  6. Pink Crooner, acho que os protagonistas são chatos propositadamente. A Mãe é INSUPORTÁVEL! Não aguento!

    Parece que os fantasmas se divertem na vida muito mais.

    Mas continuo assistindo Ringer também. Acho divertido, bregão.

    ResponderExcluir
  7. Miguel eu fico feliz quando você fala de séries porque eu conheço mais que os filmes e personalidades que ganham espaço por aqui. Espero ver mais posts como este.

    Sobre a série... bem, o piloto foi creepy. Meio nada a ver com nada. Jogaram um monte de ideias no telespectador e ficou parecendo que nem se preocuparam em como isso soaria no final, mas a série vai tomando forma nos episódios seguintes. Halloween: Part 1 foi o melhor até agora.

    Já os personagens, eu não os acho tão bem construídos assim. Mas eu nem espero muito, vi pouquíssimos filmes de terror com personagens tão interessantes, bem desenvolvidos.

    Ah, e Glee não é ruim como parece. rsrs

    ResponderExcluir
  8. Rubens, ei! O Google está logo ali pra saber mais. Estamos aqui pra dar faíscas. :D

    Sabe que não entendo as reclamações do piloto? Não esperava NADA dessa série. Assisti por tédio depois que uma amiga recomendou.

    Talvez por isso vi com normalidade, sem expectativa nenhuma.

    Como não? Todos os personagens são bidimensionais, o que em se tratando de TV já é uma grande coisa.

    Glee pode nem ser muito ruim, mas virou daquelas coisinhas que as quaquás adoram falar aos 4 ventos que AAAAAMAM. Gaga, Madonna, Glee...

    ResponderExcluir
  9. Eu não canso de dizer isso, mas não dá pra julgar série pelo piloto. Miguel, tem TANTO piloto ruim de série BOA.

    O bom de ver algo sem expectativa é justamente se surpreender. Aconteceu comigo em Revenge e Suburgatory. A primeira só vi porque vazou antes na internet e não tinha nada melhor pra ver. E como seriador doente que sou, não me aguento de curiosidade e fui conferir. No final das contas, Revenge tem a trama mais consistente e promissora da temporada.

    Voltando pra Glee, tanto faz se a série é hype. Quando eu vi a promo meses antes da estreia, eu achei legal porque parecia uma paródia de High School Musical, e meio que era isso mesmo. Só que a série foi um sucesso e eles começaram a agir como os "legaizões". Faziam performance de música pop atual só pra ficar falada entre as "musas".

    ResponderExcluir
  10. Rubens, não achei o desse ruim. Até pelas referências evidentes a Sete Palmos e Beleza Americana fiquei atento pra assistir mais.

    Há detalhes inteligentes logo nesse primeiro episódio, inclusive na trilha sonora. Por exemplo, quando o cara queimado conta sua história ao marido, ouve-se Bernard Herrmann com o tema de Um Corpo Que Cai, mas justo a música para a sequencia do pesadelo de Scottie.

    Ou seja, ele estava dormindo quando fez a atrocidade, como o pai de família muitas vezes tem se encontrado dentro daquela casa. Outra pista no segundo episódio, quando o maluco esfaqueia Maria, a enfermeira.

    A trilha dá a pista de que se trata de um psicótico, não de um caso paranormal.

    ResponderExcluir
  11. Sim, sim, acho as referências uma das coisas mais legais da série.

    E sobre o piloto ser ruim, não é bem isso que eu achei. Sei que do jeito que falei ali em cima ficou parecendo isso, mas eu gostei. Tá, confesso que achei meio inconsistente. Tanto que até considerei rever o piloto pra ver se entendia melhor e acabei não fazendo.

    Um dia vou rever (pois certamente terei o box na estante) e não duvido nada que a minha opinião sobre o episódio será diferente.

    ResponderExcluir
  12. Rubens, não! Muita gente falou mal do piloto.

    Muitos saíram decepcionados. Não imagino o que na verdade esperavam...

    ResponderExcluir
  13. ADORO a "História de Terror Americana", e estou torcendo muito pra retardada não morrer e nem sair da série! Baixei o novo capítulo mas ainda não assisti.
    A Jessica Lange é um espetáculo de overacting tremelicante, e usa os melhores figurinos. Tudo de bom.

    ResponderExcluir
  14. Jôka, será que ela já não está morta? E fazia parte da mãe ficar presa ao mundo pra ter que cuidar dela?

    Está uma gostosura assistir! Já estou ansioso pelo capítulo da semana que vem.

    ResponderExcluir
  15. Joka, todas a dúvidas recaem no carinha de luzes no cabelo....

    ResponderExcluir
Postar um comentário