Spartacus no século XXI

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E sempre vale a máxima de que quando não se espera nada a chances de nos divertirmos aumentam. Comecei a assistir à série Spartacus: Viva o Pecado (Spartacus: Blood and Sand) bem nessas, pelo chamariz de Sam Raimi como coprodutor e pra ver no que daria o personagem adaptado aos nossos tempos.

Rapaz, e não é que é batuta? No começo dá mesmo certa vergonha em ouvir romanos falando em inglês e aquelas lutas coreografadas tipo Power Rangers, mas depois entra-se no espírito e engrena.

Lá pelo quinto episódio os deslumbres tecnológicos esfriam e entra a disputa de poder na decadente Roma. Repleta de segredos, crimes, luxuria, mistérios e Lucy Lawless (a eterna Xena!) fazendo cara de “humpf!” pras riquinhas enquanto cobiça o escravo mais bem dotado do marido.

Por Falar em tecnologia e sexo, o programa é farto, mas não se apoia nisso, embora a combinação seja curiosa. Há nudez frontal masculina e feminina aos montes e litros de sangue e ossos esmagados captados em câmera lenta e alta definição.

Às vezes a violência repulsiva (e a trilha sonora do mesmo Joseph LoDuca) nos faz lembrar do Evil Dead de Sam Raimi. Outra referência impossível de não ser lembrada, claro, é o Spartacus que Stanley Kubrick dirigiu em 1960.

No filme os treinamentos dos gladiadores é um ponto alto. Na TV, até pela repetição do cenário em muitos episódios, chegam a ser cansativos.

Pelo visual graficamente pesado pode remeter a quadrinhos, videogames e algumas produções de cinema recentes voltadas à garotada, só que isso não condiz com a abordagem madura do roteiro. Interessante, por exemplo, como a trama se desenrola em cima de um assunto (que não vou contar aqui qual é!) e logo depois o derruba, ajudando na ampliação do personagem central.

Tão arrojado e eletrizante que qualquer um pode morrer a qualquer momento. Cada capítulo traz varias surpresas e reviravoltas de se assistir de boca e olhos bem abertos.

Aqui no Brasil a primeira temporada (com 13 episódios) estreou em 2010 no Globosat HD e atualmente faz parte da programação do canal FX. Este ano ganhou mais seis episódios chamados Spartacus: Gods of the Arena.

[Ouvindo: Song of a Lonely Man - Huun Huur Tu]

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20Comentários

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  1. E tem hómi se pegando? ~pergunta de adolescente estúpido~

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  2. Miguel, ui rs

    Quando olhei pro rosto desta Lucy
    imaginei logo a Xena dando aquele salto enorme e gritando como uma maluca hahhaa.

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  3. Diogo, aqui ela outro tipo de salto. E paga ousados peitinhos o tempo todo. haha

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  4. Miguel, Ví um episódio no computador ontem e...bota ousadia nisso hein?. Não só da amiga Xena (Xana, como as crianças despudoradas falavam) mas do elenco em geral.

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  5. Diogo, beeeeeem ousado. Se fossemos menos caretas, seria natural as novelas serem assim hoje, em vista do que eram antes, com mulher pelada na abertura e tudo.

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  6. Miguel, Sou jovem demais pra opinar sobre isso contigo mas é evidente como as personagems de novelas atuais parecem frígidos naturalmente. Ninguém tem calor, ninguém gosta de nada e o moçinho não quer comer a moçinha hahaaha.

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  7. Diogo, hj é impensável que Vera Fischer pagou peitinho na novela das 8. Pra vc ter ideia...

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  8. Talvez seja alguma espécie de complexo de vira-lata, tipo "vamos sublimar essa nossa sexualidade latente para sermos mais europeus", triste né?. rs

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  9. Diogo, a moral e bons costumes se restringe ao sexo no Brasil. Fora isso tudo bem.

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  10. Miguel, Tem razão, nós só precisamos mesmo é saber que isso ocorre e tentar subverter a ordem. eu, você, não está tudo perdido. ^^

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  11. Miguel, Eu acho temos incompatibilidades zodiacais, somente um leonino falaria o que tu disse e somente um aquariano diria o que eu falei.

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  12. Diogo, incompatibilidades zodiacais! Hahaha

    Mas não vou ficar dando murro em ponta de faca. Deixa o povão viver na conchinha dele.

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  13. Miguel, Voltando ao Spartacus...(ainda) rolava essa festança toda no período romano? acho que dormi nessa aula. Apesar de que pensando bem, deve ser difícil tirar e ainda "satanizar" os costumes de uma sociedade tão rápido.


    ps: Apesar de que provavalmente a série deve ser cheia de furos e erros. hahahahah

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  14. Diogo, mas não há festança tanto assim na série. As coisas são por baixo dos panos.

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  15. Deixa eu entrar na conversa: havia, sim, um bundalelê no período romano, grego. Era pré-cristã...

    E, Diogo, acho que nós sempre fingimos sublimar a sexualidade não pra ficar parecidos com os europeus (que são muito mais liberais do que nós, posto que mais educados), mas por causa de nossa ancestralidade colonizada-jesuítica.

    E repressão, sabe como é, gera fanatismo tanto pra um lado como para outro. Séculos se passarão até que lidemos com isso com naturalidade.

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  16. Letícia, sim! E ainda faltam muitos séculos pra descobrirmos o óbvio: sexo é um trem banal pra chuchu!

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  17. Opa! Mas aqui parece que não. Criatura posta no Twitter quando tem uma noite...

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  18. Letícia, hahaha! Ou o repúdio também.

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