Doris Day e Rock Hudson de 12 polegadas

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E pra quem nunca viu lá muita graça nessas Barbies cinematográfica as de Confidências à Meia-Noite (Pillow Talk, 1959 de Michael Gordon). Não são apenas as roupinhas idênticas aos figurinos, mas as bonecas estão bem parecidas com Doris Day e Rock Hudson, um dos mais amáveis casais da tela.

Estão vestidas como os atores na sequência da festa, quando se conhecem. Na verdade ele reconhece que ela é a vizinha solteirona e chata que por uma falha da companhia telefônica tem sua linha cruzada com a dela.

Finge ser um caipirão e ela fica caidinha pelo moço simples, sem nem sonhar que trata-se do vizinho publicitário que passa horas ocupando a linha telefônica cantando todas as garotas de Manhattan. O final imagina-se fácil qual seja.

O filme pode parecer tolo contado assim, mas é gostoso quanto um sonho de valsa com seu papel celofane cor de rosa kitsch. O cenário é a Nova York do final dos 50, aquela mesma que idealizamos em tons pastel e mulheres de chapéu que parece cúpula de abajur.

Cheio de acertos, o elenco ainda tem como coadjuvantes Tony Randall e Thelma Ritter como a empregada pau d’água. E a música tema que a gente demora dias pra desapega-la da cabeça.

A primeira imagem é um oferecimento Daveland

[Ouvindo: Old Master Painter/You Are My Sunshine - Brian Wilson]


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13Comentários

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  1. nunca quis tanto ter reencarnacao retroativa em nova york como nos pasteis anos 50 ou na cintilante era disco

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  2. Davi, somos dois! Sonho com um daqueles sofás egg, TVs de pezinho, etc.

    Até eu ficar adolescente meus sonhos tinham este colorido de Technicolor do final dos 50, inicio dos 60.

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  3. Você devia ver muita sessão da tarde quando criança, Miguel!

    Também acho uma estética muito interessante. Destaque para o visual higieníssimo masculino, com direito a Acqua Velva. Mas de perto, sei não...

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  4. Letícia, via! Mas pra aprofundei no metié depois de véio.

    Esse filme mesmo só conheci em DVD.

    Pois é, de perto é aquela coisa idealizada, perfeita em excesso.

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  5. Curioso, tive por muitos anos o mesmo objeto de idealização - na minha cabeça, o melhor lugar e época para se viver foi na Nova York do começo dos anos 60; o fetiche veio da série de TV Cidade Nua; então, a "minha" NY ideal é em p/b, quase deserta, com 8 milhões de histórias para contar e a música de Nelson Riddle.

    Aqui, a introdução de um capítulo com Roddy McDovall!

    http://www.youtube.com/watch?v=hdD3xrJnOm8&feature=related

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  6. Refer, isso passava na TV daqui na época? Aliás, vc assiste TV desde quando?


    O Roddy McDowall!!! Que delícia até as musiquinhas incidentais.

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  7. A TV (o aparelho) não era um bem muito acessível, pouca gente possuía. Chegou em casa em 1961, somente. Cidade Nua já estava no ar. Foi exibida por uns 3 ou 4 anos. O pessoal do cinema que estava despontando aparecia nos capítulos, Peter Fonda, Christopher Walken, Robert Duvall, Martin Sheen.

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  8. Não sei de perto, Miguel. Não creio que Rock Hudson fedesse, mas o homem normal com esse tipo de visu não podia comprar terno novo toda hora. Chegava em casa e botava pra arejar, sabe?

    Como disse o Refer a respeito da tevê, também a máquina de lavar não era tão comum. Então, dá-lhe sereno pra refrescar as roupas...

    E uma mulher para, de quando em quando, trocar punhos e golas puídas. Ou pelo menos costurar do avesso.

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  9. Refer, até pela memória fraquinha do país, acho um grande mistério todo o passado da TV.

    TV e cinema. Só existe quase de 20 anos pra cá.

    Por isso minha curiosidade.

    Letícia, verdade. Ainda mais com todo mundo fumando em qualquer lugar.

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  10. Xi, ainda contando com a fumaça de cigarro...

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  11. Letícia, vc contava só com o suor? Imagino a defumação desses ternos...

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  12. Pombas! Já que não lavava nunca, devia ter todo um potencial amarelo. Já pensou isso de molho?

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  13. Letícia, sim! E com o sabão em pó pouco desenvolvido. Que vida!

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